quinta-feira, 29 de agosto de 2013

E CONTINUA SUBINDO O TIME QUE SÓ DÁ BALÕES ...






Nas últimas seis partidas, o retranqueiro e seu pelotão de retaguarda obtiveram cinco vitórias, acumulando 12 tentos favoráveis. Marcando, dividindo, antecipando, chegando a frente com disposição e força. É, este GRÊMIO que não desiste resgata a confiança e traz esperança a massa tricolor. Contudo, igualmente cala. Os críticos mais implacáveis ? Na espreita, lógico. Aguardando ansiosamente para dar o ar da peculiar graciosidade ... Até lá, cante o leitor: "aonde estão, ninguém os vê "...

terça-feira, 27 de agosto de 2013

DECISÃO, ESTRANHEZAS E BEATLES ...






Nesta gélida quarta-feira receberemos o time do pescado e sua artística história no complemento destes 180 minutos (e mais alguns acréscimos) de matar ou seguir imortal, de ir adiante ou ficar na saudade. É a Copa do Brasil, meu amigo. O torneio mais democrático, mais abrangente das terras cabralinas e no qual o tricolor da alma azul celeste é ponteiro no número de títulos e supera todos os demais no quesito aproveitamento. Disputa que não costuma perdoar vacilos qualificados o que impõem a Dida e a retaguarda gremista a tarefa de não deixar nenhuma sardinha enlatada ter sua noite de peixe predador. Na Vila Belmiro, é sabido, tivemos largo volume (não nas mesmas dimensões do gordo Walter, do Goiás), mas carecemos da efetividade necessária para meter a bola na rede do alvinegro praiano. O castigo todo mundo viu e restou a convicção de no retorno a capital dos Pampas devolvermos o resultado negativo, mas dilatando o escore. A equipe não deve sofrer alterações. É a mesma que no espaço de poucos dias passou de “inconfiável” (Vila Belmiro) para a de “um esquema de jogo consolidado” (Mané Garrincha), sendo Renato Portaluppi, o “motivador nato”, alçado a condição de “grande técnico” pelas figurinhas carimbadas (e credenciadas) de todo sempre. Sem novidades, não é vivente ? Bueno, agora é alentar para que o time que joga recuado e só dá balão tenha uma abençoada noite: nos seus volantes que chegam à frente, nos aguerridos avantes que marcam. Que sejam todos atentos e produtivos. Profícua seja à noite, de bom resultado, de graça alcançada. E que a massa gremista transforme o ar glacial em calor para ferver a peixada. A ponto da temperatura emanada fazer o trio lá de Caxias, escoltados pela Brasília das antigas reformada, pensar seriamente em levantar das cadeiras e buscar algum agasalho para seguir mateando ...

O vídeo que acompanha o post é uma preciosidade. Trata-se de um confronto do futebol lago do cisnes x futebol força, na jurássica Taça Brasil (disputado em janeiro de 1964, mas válido pela competição de 1963). Semifinal disputada no Pacaembu, sendo que no jogo de ida, Olímpico, surpreendidos pelas bailarinas perdemos por 3x1.  No estádio paulistano, ninguém esperava nada do tricolor, a não ser que fosse derrotado e goleado facilmente pelos bicampeões mundiais. E assim tudo levava a crer quando abriram o placar com Pepe. Só que o Grêmio é o Grêmio, não adianta. Um certo Paulo Lumumba (falecido em 2010, chegou a trabalhar como auxiliar técnico do Felipão), figuraça, centroavante, marcou duas vezes e Marino, outra. Viramos para 3x1, infernizamos e poderíamos até ter ampliado. Tchê, a Nonna e o Nonno agarrados no rosário quase nem acreditavam no que ouviam ! Então, vieram as “ocorrências”: o apito amigo e companheiro ! Este mesmo infame que na atualidade trila com seguido entusiasmo a favor de Flamengo e Corinthians, na época também dava – sendo necessário - sua inestimável ajuda a merengada. Dois pênaltis a favor dos locais convertidos por Pelé (o sujeito que somente amordaçado seria um poeta) seguidos por outro tento santista deram números finais: 4x3. Ganharam. Mas, no afano. A curiosidade foi à ida de Pelé para o arco, improvisado de goleiro por míseros minutos, após a expulsão do  Gilmar (43 do ST). A respeito do Grêmio, o jovem “Rei” (ainda não impregnado pelo festival de bobagens que pronunciaria durante toda vida) disse o seguinte: “eles jogam duro, mas são leais”. A respeito da partida, a melhor análise foi a de Carlos Froner: “O Grêmio não merecia perder. Esperava uma vitória, entretanto fatores estranhos influíram no resultado”. As imagens estão acima, ao som dos Beatles. Afinal, eram os anos sessenta. Anos de outras tantas estranhezas, questionamentos, barricadas e até revoluções ...



@JorgeBettiol







sábado, 24 de agosto de 2013

EXTRA! EXTRA! CAIU, NO DF, A INVENCIBILIDADE DO MAIS QUERIDO !





O FLACAIXA, mesmo embalado pelos generosos 73 milhões garantidos na conta para este ano (obrigado, madrinha !), um dia teria que perder no Distrito Federal. E o GRÊMIO, velho e implacável carrasco dos cariocas, não se fez de rogado ...


quinta-feira, 22 de agosto de 2013

É "PASSÉ" VERSUS CARRINHO ...




Pelé de olho no Neymar Jr., mas sonhando com o Gabigol ...




Este embate na Copa do Brasil nos apresenta um dos adversários com o qual o Grêmio tem maior antagonismo. Das muitas rivalidades com paulistas e cariocas, eis um verdadeiro clássico de conceitos. Notória disputa de culturas futebolísticas visceralmente distintas. O Santos tem orgulho da rica trajetória de apresentar habilidosos jogadores, de suas conquistas cheias de categoria que deslumbraram o mundo.  Destaca e celebra, portanto, seus 101 anos de “futebol arte”, o fino trato da bola derivando elegantes ocorrências e repercussões nas quatro linhas. Futebol com artistas e platéia. Coreografado. Joelhos flexionados. Quase tudo na ponta dos pés, sendo raras as descuidadas sapatilhas a deslizar sobre rudes gramados. A esta baita frescura, o imortal tricolor deve, antes de mais nada, contrapor o autêntico estilo gauchesco (cuja paternidade, DNA, é inquestionável) de praticar o esporte bretão. Disposição a pleno, forte imposição, bombacha, poncho, guaiaca. Chuteiras com esporas, puas ao gosto do freguês ...



Na última quarta-feira o tricolor poderia ter saído com resultado positivo frente ao limitado time do Peixe e diante da torcida quadra de tênis dos locais. Não faltou entrega, vontade de vencer, na cancha que de “caldeirão” só tem conotação se for pelo nome oficial (Urbano Caldeira). Jogo truncado, embolado, mas mesmo assim criamos e desperdiçamos as situações mais nítidas e generosas para estufar os cordéis alvinegros. Vacilamos e pagamos caro ali nos acessos da saideira, na falha coletiva do sistema defensivo. A frase resumo da derrota na baixada santista foi a de Portaluppi: “a bola pune”, jargão recorrente e justamente pronunciado a exaustão por um ex-técnico dos paulistas praianos. Nada que não possa ser revertido, para alegria da massa gremista, na partida de volta e nos domínios do Humaitá. 


Outra peleja. Porém o mesmo e interminável duelo do futebol estilo bailarino versus o futebol concepção força. Duas escolas distintas. É “passé” versus o carrinho. É Airton Pavilhão (que não batia, mas não deixava ninguém se assanhar) versus Pelé (ídolo maior de Pindorama FC, aquele mesmo, o leitor recorda, que “debutó con un pibe”). É Zé Roberto abrindo a caixa de ferramentas e fazendo o desarme. É Peninha versus Torero. É churrasco na vala versus frutos do mar. É Grêmio versus todos. Derrubando os prognósticos. E a toda parte ...



@JorgeBettiol




domingo, 18 de agosto de 2013

"O INVENTOR DA RETRANCA QUE GOLEIA" ...




A vitória foi repleta de méritos. O Grêmio firmado no campo de jogo na formatação de seu técnico “motivador” teve a esperada solidez defensiva, congestionou a meia cancha, ocupou as laterais e anulou o adversário notadamente na primeira etapa. E, sem cerimônia, colocou a esférica para rolar no encharcado campo das ações buscando, desde os primeiros instantes e de maneira organizada, um terceiro triunfo consecutivo. Jogando para frente, colocando em prática a concepção demonstrada nos embates anteriores. Não por acaso foi premiado na largada por esta determinação. Hernan Barcos, confiante, postado na proa da embarcação (quase a exemplo do gol do descarrego contra os mineiros na ARENA), no local mais indicado para um capitão tomar de assalto a cidadela dos oponentes fez o primeiro. Os locais se resumiram a uma conclusão errada e tiveram a sorte da infelicidade de Alex Telles na falta cobrada por Juninho. Ramiro, mirando o alvo, consciente e com arremate digno dos canhoneiros que miravam as naus lusitanas nas batalhas navais, estufou as redes e fez toda justiça antes mesmo do intervalo. Nos primeiros movimentos da segunda etapa, o contestado corsário gremista antecipou o fim: recebeu a bombordo, de costas, no peito, livrou-se de dois, passou lotado por um terceiro e mandou a bomba rasteira, cruzada, no canto. Outra bucha, outro tento para regozijo da Nação Tricolor. Ganhamos, sabedores do quanto ainda por resolver, do quanto ainda por consolidar. Que siga a peleja, neste passo a passo.



Portaluppi, na entrevista coletiva, reiterando sua máxima de “esquema bom é o que ganha jogo” e destacando a confiança como elemento agregador e balizador da sequência positiva, mandou seu recado: citou seus anos de trabalho no futebol, fez menção aos que chegam de paraquedas com seu festival de críticas e que não perderia tempo discutindo. Os amargos de plantão, dissimulados, fizeram de conta que não entenderam ou simplesmente ignoraram tal manifestação. Os mais oportunistas, contudo, ao sabor dos acontecimentos e ao final da jornada reconheciam virtudes no comandante gremista, sendo o mesmo elevado a condição de “o inventor da retranca que goleia”. Logicamente aguardando nas ruas e redações algum revés para destilarem todo seu rancor, todo seu ódio as coisas do Grêmio e o enorme temor de que este grupo, este time, siga engrenando. São os mesmos indivíduos desprezíveis, sonsos da mídia esportiva, que ao término da quinta rodada sem vitória do rival (alojado, agora, no Vale do Sinos) sentenciavam  - caseiramente - nos microfones que a torcida do coirmão vaiava e protestava unicamente contra o árbitro. Ok. Uma vez comédias, sempre comédia.



As partidas no campo de São Januário nunca constituíram desafio fácil para o amado tricolor. No histórico dos confrontos, contabilizamos na bendita noite do último sábado a terceira vitória na Colina. Verdade que levamos com tranquilidade a dianteira sobre os cruzmaltinos nas estatísticas gerais e, nas disputas dentro da Pátria Sulista uma ampla vantagem. A histórica cancha da zona norte carioca tem respeitáveis 86 anos e foi palco de momentos políticos significativos, do porte do anúncio das leis trabalhistas do gaúcho Getúlio Vargas. Até a inauguração do extraordinário estádio Centenário, na bela Montevideo, foi o maior da América do Sul. A curiosidade da construção reside na nobre motivação de responder a um ato de exclusão promovido pelos demais clubes da cidade. Estes fundaram outra liga. Alegando, justamente, que os vascaínos não possuíam um grande estádio. Na realidade, o ato era uma triste retaliação pelo fato do clube da cruz de malta se recusar a desligar de seus quadros jogadores negros e operários. Eis aí um autêntico e coerente pioneirismo, sem máculas, sem contradições. E sem demagogias (a Liga da Canela Preta que o diga...). Bom, mas este Vasco que nasceu no remo e virou grande na bola, das “camisas negras” e vencedoras, que bem nos recebeu e recebe, nos próximos dias completa 115 anos de existência. Que ao longo da competição possa se recuperar (desde que não sobre e nem a frente do Grêmio) para alegria do seu torcedor.




@JorgeBettiol








sexta-feira, 16 de agosto de 2013

É SEMPRE BOM GANHAR DO CRUZEIRO ... DOS PERELLA !



                                                  Os Perella ficam assim diante do Grêmio ...



No meio da semana, após aqueles dias de enxurrada, o Grêmio lavou a alma no 3x1 diante do então líder Cruzeiro. É sempre bom ganhar dos celestes das Minas Gerais ! Afeitos, diga-se de passagem, a levar panos vermelhos nos jogos contra o tricolor. Aliás, é sempre muito prazeiroso vencer o time dos inomináveis irmãos Perrella. Legítimas velhas raposas, soberanos no clube mineiro por longos dezesseis anos nos quais nunca tiveram o mínimo pudor dentro do escancarado objetivo de se eternizar no comando: apadrinhamentos, espúrias manobras estatutárias, denúncias de fraudes, nepotismo, troca de favores e assim por diante. O mais liso deles, atualmente cumpre mandato (assumiu na condição de suplente) de Senador da República. De Belo Horizonte a Brasília, nada mais apropriado. Já o maninho, não faz muito, teve indiciamento pela Polícia Federal na chamada “operação vaca atolada”. Empresário do ramo frigorífico teve que responder acusação de adulteração de alimentos, visando alterar peso e valor nutricional. Uma família especialista nos golpes baixos, ou no sonoro dizer (mais pela indignação do que pela surdez) da Nonna - entretida com o preparo da sopa de agnolini - quando lembra o nome de alguns dirigentes e políticos: “Ma Dio Santo ... sono tutti ladri” !!!

Ah, sobre o jogo ...  Tivemos nosso mérito. E logicamente algo reconhecido e destacado nas resenhas jornalísticas que apontaram o erro de formatação da equipe, as confusões táticas, a expulsão que mais uma vez nos facilitou a vida, a displicência do batedor na penalidade, a falta de luz na ARENA e o fato do carro que conduzia o apitador ter sido barrado no acesso ao estacionamento. O frio intenso também deve ter prejudicado os visitantes, mas isto não chegou a ter relevância para os plantonistas da amargura por falta de espaço nas matérias. E nem para os mais de 17.000 gremistas que desafiaram a temperatura baixa e cantaram pela vitória seja de cara, na base da cafeína ou com a cachaça da malvada e a cerveja bem gelada. Gargantas e pulmões a pleno propagando fé no Grêmio. ...










terça-feira, 13 de agosto de 2013

OS ABUTRES, A RAPOSA ...


Vencemos. Necessitávamos tremendamente de um resultado positivo nos recuperando da derrota diante do Coxa e afastando os abalos sísmicos da desconfiança generalizada e os carregados  presságios dos arautos da amargura.  E a vitória veio com esforço e superação, sendo assim dada a devida licença pelos orixás para o elástico placar. Após um primeiro tempo de domínio adversário, o Grêmio retornou do intervalo disposto a corrigir o posicionamento, avançar a marcação, ocupar espaços e tentar sair para o jogo. Mesmo com as carências de armação e a efetividade ofensiva débil, chegamos ao tento. Um gol protagonizado pelo aguerrido espírito guarani de Cristian Riveros, digno das batalhas travadas por Solano Lopez. Na sequência, a sorte charrua que presenteia os que peleiam ampliou e a bucha dos irmãos Biteco (na homenagem derradeira ao seu Jorceli e aos milhares de pais gremistas) deu números finais ao duelo de tricolores. 


Está tudo resolvido, após o triunfo na Fonte Nova ? Evidente que o leitor sabe que não. Da mesma maneira que não estava e não está tudo mal, errado, merecedor da propagação do descrédito em função dos resultados anteriores. Vários questionamentos podem e devem ser feitos nos debates entre os torcedores, da formatação tática, sua inconstância (mesmo com atenuantes de lesões, cartões) e a dúvida sobre a possibilidade de (com seguidas variações) se adquirir um padrão de jogo. Embora, na objetividade das respostas, o comandante gremista tenha sido taxativo quanto a este aspecto: “esquema bom é o que ganha jogo”. Verdade. Inquestionável. Sendo a grande tarefa, acrescentando, a obviedade de mantermos a regularidade. Sobre as escalações, das opções diante da má fase de uns, do baixo rendimento recente de outros, tudo naturalmente gera opiniões e até cobranças. Enfim. Mas nada, por favor, que de vazão ao discurso derrotista e desmobilizador de não se ter mais aspiração na competição (com pouco mais de um terço do calendário findado), de término da temporada (???) e outras infâmias. Nada que justifique o rasante dos abutres. Antes da grata goleada em Salvador (esta tmb. com inúmeras ressalvas e críticas destacadas em primeiro plano nos meios esportivos), era o que se alardeava com intensidade. 

Portaluppi está contabilizando oito partidas na considerável tarefa de estruturar o que nunca foi montado por seu falante antecessor. Igual, mal houve o tropeço, é cobrado com implacável energia por analistas isentos preocupados com o futebol do Rio Grande. Os mesmos que, confrontados com a ira da torcida diante de rotundos e seguidos fracassos de um projeto falso, oneroso e sem perspectivas, reagiam nas rádios, tevês e jornais dizendo: “analisar somente os resultados, é simplismo dos torcedores”. Por estes tipos, até o Celso Juarez Roth estaria no agrado dos torcedores para desembarcar imediatamente nas bandas do Humaitá. Por esta mesma séria e responsável gente da crônica, o enfoque gremista é invariavelmente sob o prisma de crise, outros tem nos tropeços (e até fiascos) um tratamento de exaltação de aspectos positivos, ou “agenda positiva” no dizer do Henrique Azambuja. Na real, a má vontade deve ser nossa. Por este nosso ceticismo e asco, ainda vamos acabar com o exemplar jornalismo esportivo praticado na Província de São Pedro ...


O Grêmio recebe os celestes nesta quarta-feira. A raposa, na liderança e por isto mesmo na mira de todos, sendo caçada. Com algum possível retorno nas quatro linhas, o reforço importante e acertado de redução no preço dos ingressos (aliviando o bolso da massa) e a necessidade de estabilizar a equipe emendando outra vitória, o tricolor certamente terá o tradicional e vibrante apoio do seu torcedor ! Vamos GRÊMIO !!!


@Jorge Bettiol











sábado, 10 de agosto de 2013

SER PAI: UM GOLAÇO !

                                                                Gravura: Zorávia Bettiol



Ser pai. Eis uma felicidade distinta. Algo carente de vocábulos para expressar tamanha (e iluminada) magnitude. Relevante tarefa, abençoado compromisso. Nunca um encargo, um peso. Pois é bem-aventurado e recompensador o aprendizado de se doar, de batalhar arduamente por outras vidas. É bem-aventurado o desafio de nos aprimorarmos, de nos corrigirmos. Nos habilitando, assim, ao progresso, a condição de bem recepcionar e bem conduzir os filhos que chegam (valorizando este generoso empréstimo, este tesouro nos confiado pelo patrão velho do CTG da providência divina) para compartilharmos toda uma existência. E se chegam devidamente escoltados por anjos (tendo ou não asas), suave, totalmente responsável e carinhosa deve ser esta acolhida. Afinal, renova-se a esperança do futuro.   

Ser pai. Condição elevada. Sentimento único, gratificante. Estar junto, lado a lado. Para o que der e vier. Nos horas de pranto, na multiplicidade de sorrisos, na grandeza da convivência. Na aflição, na celebração. Atento, apoiando e seguindo, ultrapassando e vencendo toda e qualquer dificuldade. Trilhando caminhos, descobrindo atalhos, transpondo oceanos, cruzando os céus, se preciso for. Sendo o colo, a mão forte e a mão branda, o chão, o teto, a referência, a bússola, a vigília, a retaguarda e a vanguarda, o dia, à noite, as estações. O porto seguro, o abrigo, o amigo. Pela palavra esclarecendo, pelo exemplo educando: com renúncia, destemor e luta. Pai, admiração. Pai, gratidão. Pai,saudade. Pai, presente. É bonita demais esta jornada de pai, meu amigo. É bola na rede, abraço apertado. Imensa alegria no coração. 
Um golaço !!!

Dedicado aos pais: aos que são, aos que serão, aos que tem ... e aos que possuem a lembrança impregnada das mais gratas memórias ...


@Jorge Bettiol



sexta-feira, 9 de agosto de 2013

COM A LICENÇA DOS ORIXÁS ...




Depois da derrota para o Coxa, o Tricolor dos Pampas tem que ir a Boa Terra para retomar o caminho das vitórias ! Pedir licença aos Orixás, lutar e voltar com os três pontos na bagagem  ! Obrigação, Grêmio ! Vamos !!!

terça-feira, 6 de agosto de 2013

COISA DE ARTISTA ?

                      Afinal ... se borraram ou não ? 
         Investigação de autoria deveria começar por minucioso exame de fezes ....

segunda-feira, 5 de agosto de 2013

O CLÁSSICO, A CHIQUITITA, A VILA QUE UNE ...



                                                              crédito montagem: besterror.com


Se o local da disputa era inédito, diferenciado, o clássico apresentou seus elementos tradicionais dentro e fora das quatro linhas. A começar pela pressão preventiva, sobre anunciada arbitragem, de dirigentes do coirmão nos dias que antecederam o “derby”. A velha e bolorenta malandragem do condicionamento, prática de excepcional serventia quando se trata de um apitador incompetente e frouxo. O lado tricolor, a este escancarado movimento inicial indicando direcionamentos, respondeu com passividade. Ok. Não é o  central, o foco é a partida em si e na peleja passar por cima de tudo e de todos, Porém, inegável que não custa estar atento a tentativas de manobras extracampo. E bola rolando foi o que se viu: um Grêmio que teve imposição, domínio, mas sem a necessária e pragmática efetividade. Mesmo com a formatação tática diferenciada com os três zagueiros não perdemos a meia cancha, tendo os laterais avançado constantemente. Os dilemas de criação e articulação, repetida carência, novamente limitadores. Confronto pegado (e poderia ser diferente ?), tricolor marcando forte, fazendo as faltas que são recursos do jogo (e não extravagâncias e atentados a estética das partidas, na visão da imprensa amante do futebol bailarino). Aliás, poderíamos ter ao menos mais uma abalroada nas estatísticas: na fatídica disparada do oponente rubro. No mínimo oito pares de chuteiras e braços para obstruir, matar o lance e alegrar a massa, impedindo o precoce empate. O que mais truncou, proporcionalmente, o desenrolar da peleja? Alguma dúvida ? A resposta é óbvia: a chiquitita de vozinha fina, sempre atacada, teatral e afoita por soprar o apito. Se futebol fosse cronometrado a exemplo do basquete e refém deste tipo de jogador, sairíamos da ARENA às dez da noite. Seria mais extenso do que aquelas enfadonhas e arrastadas partidas de beisebol. Precisou o Portaluppi (na ausência de um Dinho), dedo em riste, se manifestar para encerrar as encenações patéticas da exilada portenha que, uma vez mais, escapou de ser expulsa, sedada e conduzida (a propósito: seguirá impune após os recentes registros e depoimentos divulgados?). Na coletiva, cortando pela raiz o enfoque gracioso e a choradeira dos representantes do canteiro de obras da  Padre Cacique (destacado pelos amargos midiáticos de plantão), o técnico gremista não titubeou em apontar os erros mais grosseiros do desastroso Fabrício Neves Corrêa. Os que resultaram em prejuízo para um e, na balança dos erros cruciais, outro lado. Simples, assim. Sem se vitimar, sem demagogia.


Quem chegava para partida observava nas cercanias da  ARENA a livre e pacífica convivência de alvirrubros e tricolores. Não tinha como não chamar atenção: famílias inteiras, grupos de amigos, vizinhos compartilhavam os espaços de maneira descontraída. Circulavam despreocupados. Nas moradias simples da Vila Farrapos e arredores, bandeiras dos dois clubes, não raro, lado a lado. Algo impensável, de longa data, pelas bandas da Azenha e pelos lados do Menino Deus. Sem incidentes, se resumindo a rivalidade ao verbo dos que vinham de fora da comunidade: avistando as cores do adversário dos ônibus e carros, alguns dos que chegavam dirigiam palavrões e recebiam de volta outros tantos impropérios. Uma das felizes e detalhadas matérias pós-jogo (algo cada dia mais escasso) sentenciou no portal Terra: “Na Vila não tem torcida única”. É verdade. Realidade, a luz do dia, constatada.

@JorgeBettiol




sábado, 3 de agosto de 2013

BASTARIAM ALGUNS SEGUNDOS ...







É mais uma data que constará devidamente destacada no centenário calendário desta rivalidade. Nas volumosas e densas páginas deste confronto acirrado e mobilizador, antes de quaisquer circunstâncias do jogo, do resultado e suas repercussões, o título estatístico do novo episódio  indicará: “o primeiro clássico na ARENA”. O inaugural, aquele que será citado regularmente e de forma introdutória pela inédita localidade da disputa. Independente do local, mesmo que a peleja fosse no campo do Araribóia, a tarefa do tricolor é a corriqueira imposição de toda hora, especialmente quando se trata dos desafios que envolvam os despeitados vizinhos: nada menos que a vitória. E para que este triunfo seja consumado, escrito e depois narrado e rememorado ao longo do tempo no azul, no preto e no branco, exigimos de cada jogador possuidor da imensa honra de trajar a camisa do Grêmio uma exemplar e combativa postura. E no coletivo esteja à equipe disposta a todo esforço, focada, convicta de sua obrigação diante da alentadora presença do torcedor gremista. Repleta de entrega, inconformada diante das adversidades e determinada a vencer. Movida por inigualável garra, impregnada de alma e coração. Pois neste clube distinto esta é a força motriz para os êxitos e legados.


No Grêmio, possuímos inúmeras referências que por suas dedicadas trajetórias perpetuaram este emblema de luta e superação do tricolor. Respeito e amor ao clube, a massa torcedora. Na infância de Grenadas marcantes, os do longínquo ano de 1977 (que significou a retomada de uma hegemonia na querida aldeia, o resgate das celebrações e –literalmente- o começo do fabuloso salto que culminou nas grandes conquistas), são os de mais grata recordação. Justamente por figuras marcantes e definitivas na memória (viva) afetiva da Nação Tricolor. Senhores ... O que dizer de um Yura, de um Tarciso ? Daquela vontade arrebatadora com a qual encaravam os clássicos ? Das inúmeras vezes que, tanto o veloz “Flecha Negra”, da mesma forma o impetuoso “Passarinho” irromperam sobre atônitos oponentes, levando desespero à cidadela vermelha ? Das inúmeras ocasiões que estufaram as redes rubras, compartilhando generosamente a tremenda alegria de tais momentos ? E, na sequência, desde as arquibancadas e também nas ruas, milhares sentindo-se abraçados e irmanados neste sentimento único de gremismo.  
 
Os tempos são outros ... no que há de bom, no que há de ruim. A carreira de um atleta por um clube é cada vez mais breve, mais meteórica, e mesmo os que são garimpados e formados nas categorias de base não fogem a regra da efêmera passagem. Mesmo assim, há ainda honrosas exceções de identificação, inclusive de jogadores de outras bandas que por aqui acabam se radicando. Neste domingo seria uma felicidade para todos os gremistas se cada um dos escalados por Portaluppi neste embate apresentasse na cancha, no peito e na chuteira, alguns segundos desta doação, deste espírito do Yura e do Tarciso. Destes caras que deixaram o próprio sangue na camisa do Imortal e falam com a voz embargada e os olhos marejados destacando, comovidos, o que viveram e nada mais apaga. Bastariam alguns segundos ... Juntamente com este muito, com esta imensidão que é o Grêmio seria o suficiente para vergar os visitantes e fazer história.

VAMOS GRÊMIO !!!

@JorgeBettiol