Propaga-se um clima de terra arrasada: “tudo errado”, bradam alguns. E “aguardemos a temporada
Não é de hoje, nem de ontem que o Grêmio se desencontrou, dentro e fora de campo. Nas quatro linhas e no interior do vestiário estamos começando praticamente da estaca zero. Sem dúvida tardiamente, pois perdemos um tempo valioso com um comando técnico pífio, acumulador de fracassos constrangedores e incensado pela mídia amarga e oficiosa, dirigentes atuais e anteriores e por expressiva parte de própria torcida gremista. Passou. Novo momento. Inegável esta outra disposição, uma combatividade e um comprometimento antes inexistentes (se não de todos, da grande maioria). E quem comprovadamente não corresponde, não serve, que siga a destino e venham as reposições. Ressaltemos, neste instante, o positivo. Não podemos ficar só nisto, mas é o prólogo, é o dizer a que se veio, destacar e resgatar o manto defendido. Não tem solução mágica na vida, nem no futebol. Imediatismo ? É preciso trabalhar, lógico. Corrigir, seguir trabalhando, seguir corrigindo e trabalhar ainda mais neste passo a passo das aspirações. Na largada buscar os resultados ainda calcados na superação, na sequência acrescentar aos resultados os elementos de uma equipe segura: melhor armada, marcando de cima sempre, compacta, retomando e agredindo, intensa. Apta a brigar por posições e troféus. Neste sentido, não nos furtemos do apoio, expressão maior desta confiança que haverá de ser resgatada por toda gente gremista.
O Criciúma EC e sua torcida historicamente dispensam péssimo tratamento ao Grêmio e seus torcedores. No sábado, acumularam-se os relatos indignados de mais um destrato ocorrido no Heriberto Hülse. Esta rivalidade acentuada certamente se origina no distante ano de 1991 quando os catarinenses disputaram com o tricolor original a final da Copa do Brasil. Incidentes nas arquibancadas do Olímpico geraram uma irresponsável campanha institucional de “dar o troco” (na época se proliferaram fotos teatrais com indivíduos enfaixados segurando cartazes “eu estive em Porto Alegre ”) no jogo de retorno. No qual o herdeiro do Comercial sagrou-se o campeão do torneio. E tchê ... vá entender. O correto seria a educação pela simples razão do maior título do futebol de Santa Catarina ter sido erigido pelas mãos (com o bom e velho regulamento decorado e debaixo das axilas) do gaúcho e gremista Luis Felipe Scolari. A exemplo do Sir Alex Ferguson em Old Trafford , Big Phil merecia uma estátua em tamanho natural na Arena e outra com as dimensões do monumento ao Padre Cícero no acesso ao estádio do “Tigre”. A República Juliana manteve-se por 113 dias, a infundada mágoa carvoeira (sem rejeições, mentiras ou trauma por uma conquista perdida, mas baseada em contenda isolada) está ultrapassando os 22 anos. Já passou, com folga, da maior idade.
@JorgeBettiol
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