Foto: Decano.Com
Carlos Gardel, El Mago, reivindicado por uruguaios, argentinos, franceses e o mundo estará nesta noite no Gran Parque Central. Visão privilegiada para o embate entre Nacional e Grêmio. Peleja Copeira, digna dos melhores tangos...
É choque de grandes. No gramado do mais veterano dos
estádios da América (inaugurado em 1900) enfrentaremos toda tradição deste
Decano do aguerrido e laureado futebol uruguaio. Quando ingressarem na cancha
do bairro montevideano de La
Blanqueada, cercados pelo entusiasmo das tribunas tricolores
charruas (e pela não menos vibrante gente gremista) os jogadores de GRÊMIO
e NACIONAL sentirão a honra e a responsabilidade de representar lustrosa
história. E quantos momentos, e que trajetórias ! Camisas gloriosas, de feitos
épicos, vanguarda de títulos e pódios. Mantos apoiados por multidões de
apaixonados torcedores. Clubes de massa. Sem fronteiras. Cuja superação e garra
incomparáveis são marca registrada. Arrebatando simpatia e numeroso apreço
muito além de seus territórios e domínios. Orgulho Meridional e Orgulho
Oriental. Reencontro. Uma vez mais cruzando-se. Libertadores. Peleja.Mas,também,
momento de celebração da pretérita e valorosa amizade...
Não por acaso foi o Bolso a inaugurar o saudoso Estádio Olímpico, no distante
ano de 1954. Retribuindo a visita realizada em 1949, na capital uruguaia, por
conta dos 50 anos dos Bolsilludos. Ídolos comuns, da mesma forma, reforçam este
enlace nas cores tricolores. O que dizer do Senhor Atílio Genaro Ancheta?
Campeão da América e do Mundo pelo CNF, melhor zagueiro da Copa de 1970, veio
para Azenha a fim de comandar a zaga gremista. Após cumprir a missão de
recuperar a hegemonia na aldeia, resolveu cantar a vida nos boleros. Figura dentro e fora da cancha. Ou
de um Hugo de Leon ? Feroz adversário do futebol arte, levantador de taças,
expoente de conquistas memoráveis. Valente caudilho! Sempre a disposição de
Artigas e dos Farrapos para derramar sangue por um triunfo a mais!
Proximidade também das torcidas... Na chamada “tomada de
Porto Alegre”, no ano de 1980, milhares de Bolsos ocuparam o aterro da Padre
Cacique com o reforço solidário de inúmeros gremistas. Libertadores na qual o
bailarino (e maior ídolo colorado) Paulo Roberto Falcão dançou -
no ritmo do artilheiro Waldemar Victorino – o hit “a taça se vê, mas não se
toca”. Três anos depois, na primeira conquista da América por estas bandas,
hinchas de azul, rojo e blanco somaram-se aos torcedores do Imortal Tricolor.
Nas ruas de Montevideo,no imponente Centenário. Ajudando a calar os oponentes
aurinegros. O então poderoso time carbonero não imaginava o adversário que
teria pela frente e o desfecho! Jornada na qual Fernando Morena, Venancio Ramos
e outros (antes da final, muito falantes...) conheceram a força do GRÊMIO e o
talento de Renato Portaluppi. Para, diga-se de passagem, nunca mais esquecer...
Dois velhos tricolores. Antigos vínculos cujas novas gerações de torcedores
tratam de manter e ampliar. Respeito e admiração mútuas. Clássico Copeiro, senhoras e senhores, é GRÊMIO e NACIONAL ! O que mais dizer quando a pelota
rolar no Gran Parque Central, “El Abuelo de America”, o primeiro estádio
mundialista ?
Que partidaço, hermanos ... que partidaço. Aguante Los
Trico !!!
@JorgeBettiol
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Um comentário:
Fuerza tricolor!!!
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