quinta-feira, 31 de dezembro de 2015

quinta-feira, 17 de dezembro de 2015

BANHA

Crédito Imagem:Grêmio.Net

 Estádio Nacional de Tóquio. Na grama castigada pelo impiedoso inverno japonês um homem corpulento e sorridente destaca-se na volta olímpica. Celebra. Agradece. Aos olhos da multidão, que nas arquibancadas solenemente aplaude, lembra os honoráveis lutadores de sumô. 
Alvaci Silva de Almeida, contudo, construiu sua vida não no "dohyo" e sim nos gramados. Jamais calçou chuteiras, mas tratou - com dedicação e profissionalismo exemplar -dos que as usaram para defender as cores do tricolor. Durante décadas (iniciando sua trajetória nas bandas da Azenha no malfadado ano de 1964) trabalhou no clube que sempre amou. E, na condição de massagista, teve a grata satisfação de contribuir (tremendamente) nas principais conquistas. Não por acaso foi  presença constante nos inúmeros pôsteres que registraram títulos, faixas e taças. 
Foi além. Extrapolando, não raro, às funções do ofício. Na emblemática "Batalha de La Plata" -quando jogadores, dirigentes e torcedores do Estudiantes ameaçaram invadir o vestiário gremista - não vacilou: com uma  tesoura em punho fez frente aos argentinos. Disposto. Possuído de indignação. Para o que der e vier. 
Direto da memória afetiva  lembro (ainda criança) daquele simpático "gordinho", munido de apetrechos nas duas mãos, irrompendo na cancha.  Disparando, desde a casamata, cada vez que  nossos jogadores se lesionavam. Passos curtos e acelerados. Uma atração a parte. Cena que nós -gremistas -nos acostumamos a ver ao longo das centenas de partidas no  Estádio Olímpico. Na data de 17/12/2009, aos 66 anos, "Banha" enlutou a todo meio futebolístico. E virou, definitivamente, um dos mais queridos e saudosos personagens da rica história gremista. 

"Tu não os vê, tu não os toca, mas estão presentes". 

sexta-feira, 11 de dezembro de 2015

UM REGISTRO HISTÓRICO...

Crédito Imagem: Luiz Ávila.

Don Elias Figueroa (e seu cotovelo, façamos justiça) sempre foi um franco antagonista. Capitão do coirmão nos anos setenta, o chileno -coincidentemente - estava a bordo da aeronave que levou os gremistas a suprema glória nipônica no inesquecível ano de 1983. Mesmo sendo uma figura referencial dos rivais (autor do gol do título brasileiro de 1975 e com uma trajetória de 336 partidas no clube da Padre Cacique) não recusou o convite de vestir a camisa tricolor para um histórico registro. Foi além: desejou sorte e declarou torcer para que o GRÊMIO saísse Campeão Mundial  na disputa contra o Hamburgo SV. Assim registraram os diários: "Desejo que o GRÊMIO seja Campeão do Mundo para valorizar ainda mais o futebol Gaúcho e o povo do Rio Grande do Sul, que tanto considero". Sem deixar de ser nosso adversário (e nem nós ferrenhos oponentes deste clássico zagueiro nascido em Valparaíso), elegantemente se portou. Outra época, é verdade. Mas, de certo modo, figuras assim fazem uma falta tremenda ao futebol...  

quinta-feira, 3 de dezembro de 2015

UMA SAUDADE MONUMENTAL ...


Parece que foi ontem. O calendário, contudo, aponta três anos transcorridos. Foi naquele domingo escaldante (dia de clássico), no 02/12/2012, a despedida oficial do saudoso Estádio Olímpico . A casa querida. Quanta história ! Para sempre na memória e no coração da gente gremista. 
Eis,aqui, uma saudade Monumental ...