sexta-feira, 15 de dezembro de 2017

SONHAR E NÃO DESPERTAR...


                       Imagem:CP/Memória                              

Neste sábado, que promete fortes emoções, o GRÊMIO  enfrentará -tudo indica-o mais poderoso adversário da sua extraordinária trajetória. Recheado de craques de múltiplas seleções, capitaneado pelo melhor jogador da atualidade (o “imparável” Cristiano Ronaldo), conduzido por Zidane e com receita orçada para contratações de reforços –temporada 2017/18- na casa dos 178 milhões de Euros (a bagatela de R$ 698.622,00) eis que surge no horizonte de Abu Dhabi o festejado Real Madrid. Trazendo na bagagem, desembarcada no clima desértico e nababesco da região, cinco mundiais, doze UEFA Champions League (disparado o maior vencedor) e uma indisfarçável ambição de mais troféus planetários. 

De nossa parte, embora o evidente respeito, não há assombro. Sabemos da tremenda dificuldade e da grandiosidade do desafio agendado para o Golfo Pérsico. Igual, não tememos! Daremos o combate pela glória! A nosso favor, além das façanhas que servem de modelo a toda terra, de uma linda história de superações e conquistas, possuímos o peso da camiseta, o ímpeto da tradição e a fé comovente da apaixonada Nação Gremista! Vibrante e alentadora torcida que estará no Sheikh Zayed Stadium, na Arena, no coração da Vila Farrapos, na Cidade Baixa, Bom Fim, Goethe, nos bairros periféricos e operários do município e da província. Presencialmente, ou através dos monitores, rádios e fones. A toda parte, senhoras e senhoras. Afinal, este é um clube de massas. Impulsionado por multidões. Bancado por uma avalanche de sentimentos e alicerçado na crença inabalável nas três cores. 

Esta convicção, contagiante, é a mesma de Renato Portaluppi. Icônica referência e comandante da retomada dos pódios e celebrações. Sua segurança e firmeza transmitem a cada jogador, deste agora vitorioso plantel, a certeza de que podemos mais. Venha o que vier, seja quem for o adversário e não interessando a localidade da cancha,o GRÊMIO terá futebol e bravura para se impor, conquistar e dar a volta! Que venham os badalados galácticos representando Bernabéu, Alfredo Di Stéfano, Puskas e Zidane. O Povo de Lara, Alcindo Bugre, da Estrela Everaldo e do caudilho Hugo De León os aguarda para o embate...  

Também viemos de longe e somos carregados de história. Iniciamos nossa jornada no Ground da Baixada, nos consolidando no Bairro da Azenha. E, neste momento, criando laços e raízes no Humaitá pedimos licença para (uma vez mais) abraçar o mundo. Contudo, se nas quatro linhas o resultado (no qual piamente acreditamos) não for o desejado estaremos a partir do dia 18/12 no aguardo da delegação para o mesmo aplauso.Por toda felicidade que já nos propiciaram, por todas batalhas travadas. Que possamos, tomando de empréstimo as palavras de Ariel Holan (técnico do nosso rival na disputa da próxima Recopa), viver o sonho tendo o direito de não querer despertar. 
Vamos tricolor !!!
     

terça-feira, 24 de outubro de 2017

MUNICIPÁRIOS RESISTEM ...

Arte: Ação e Poesia

Diante do deboche, descaso e ataques do inepto e desrespeitoso  Marchezan Jr.,os valorosos municipários e municipárias de Porto Alegre resistem! Enfrentando o boicote da grande mídia, o balcão de negócios da CMPA e a  truculência da  Guarda Municipal (desvirtuada do seu papel). Em defesa da cidade, do serviço público e dos nossos mais elementares
 direitos seguiremos lutando! Avanti ! 

quarta-feira, 2 de agosto de 2017

UM LEGADO MONUMENTAL...

Imagem: CP /Memória

O Monumental Hélio Dourado. Erguido aos céus  pelos  braços do povo tricolor.


O mês de Agosto iniciou com a lastimável notícia da perda do grandioso Hélio Volkmer Dourado: vencedor dentro e fora das quatro linhas. Referência máxima de gremismo pelos inúmeros serviços prestados ao clube. Devotado e fervoroso dirigente. Ousado, desafiador, idealista. Foi o homem que comandou a retomada da hegemonia estadual, fazendo frente ao poderoso time colorado da década de setenta, no emblemático e inesquecível ano de 1977. Esta conquista - no calendário de superações da rica trajetória tricolor - marca o salto simbólico (e bem-sucedido, o glorioso André Catimba que o diga...) para todos os demais triunfos. Rompendo divisas e fronteiras através do Brasil, da América e do Mundo. Erguendo e festejando troféus. O velho e valoroso dirigente foi o precursor da liberdade, tingindo outros mapas com as nossas cores e bravura. O que anunciou,desde cedo, que nossas façanhas serviriam de modelo a toda terra.  

Dourado era defensor nato e dedicado do azul, do preto e do branco. Porém, não fazia propaganda do seu incomparável gremismo e, muito menos, vivia de apelos midiáticos. Tampouco usufruiu de benefícios que comumente se valem os dirigentes dos clubes. Não se promovia, buscava –unicamente- o sucesso e o progresso do Grêmio. É de sua autoria a marcante e definitiva frase: “não devemos nos servir do Grêmio e sim servir ao Grêmio”. Contudo, mais além do que belas palavras, o filho da Dona Dagmar (sócio tricolor desde os 11 anos de idade) exercitava e projetava sua imensa paixão por meio de ações.

Obstinado pela ampliação e modernização da casa gremista (dando sequência ao trabalho do visionário e fabuloso presidente Saturnino Vanzelotti, outro expoente luminoso na galeria dos ex-presidentes) protagonizou a maior mobilização popular da história gremista com a campanha do cimento (que arrecadou inúmeros materiais de construção). Visitando 157 municípios no Estado, congregando gremistas de SC, PR e de outros rincões. Movimento que, apostando na força da coletividade tricolor, congregou milhares de apoiadores e nos trouxe o Monumental. Episódio merecedor da placa que, num dos acessos do Olímpico, resumia emotivamente o feito: “é preciso ser gremista para entender  esta força, esta motivação, este impulso que leva um torcedor a erguer um estádio”.

Não por acaso, lutou coerentemente (infelizmente criticado e ridicularizado por gremistas que hoje, na sua ausência, se veem obrigados a tecer elogios) pela manutenção de nossa raiz no saudoso e cantado Bairro da Azenha. Pretendia a reforma da estrutura, não o seu abandono e destruição. E, ao erguer a voz (impulsionado somente pelo desejo da soberania do clube, respeito ao torcedor e preservação da história da instituição) apresentou argumentos, propostas e projeto. Da mesma forma alertou sobre os termos do contrato para parceria / construção da Arena o que, não demorou muito tempo, comprovou-se verdadeiro. Em 2015, na celebração de mais um aniversário do Grêmio, não deixou de visitar a nova cancha reconhecendo sua imponência.

Dourado era exemplar na sua abnegação. Como bem lembrado por gremistas, nas redes sociais, foi o único dos ex-presidentes a não apoiar Flávio Obino e o único que se dispôs a colaborar quando do caos. No nebuloso ano de 2004 (segundo rebaixamento) meteu à cara a tapa numa gestão já desastrosa e desmoralizada. Desconforme e triste com o momento, não hesitou em aceitar ser vice-presidente de futebol quando outros –apesar do verbo – não se fizeram presentes. Dourado, mesmo sendo aparentemente conservador em vários aspectos da sua personalidade, foi vanguarda ao aceitar (em plena ditadura militar, época de rígido controle e repressão) o pluralismo, a diversidade. Incentivando a tolerância e o respeito com o acolhimento da Coligay.

Foi o proponente do futebol gratuito para toda piazada. Entendendo, perfeitamente, que os vínculos com a camiseta se criam e fortalecem frequentando os estádios. Alí, nos alambrados, nas arquibancadas. E que a cancha é para estar cheia: de gente, de alento, de entusiasmo. Repleta de paixão. Especialmente num clube de massas é preciso facultar o acesso para todos e todas. E Dourado (como poucos) enxergava, entendia, e integrava esta imensa força que emana do povo gremista. A dimensão de Hélio Dourado não cabe em nenhuma das muitas e merecidas homenagens recebidas em vida e sequer nas vindouras. Afinal, sabemos, o seu reluzente legado é Monumental...    

segunda-feira, 3 de julho de 2017

FAÇAMOS A NOSSA PARTE!

Arte: Mural/Net   
                                                                              
Na República de Ladrões prossegue o escárnio da impunidade. Governos,"legisladores" e parasitas atacam direitos e garantias fundamentais. Saqueiam a verba pública das escolas, dos hospitais, da habitação, do transporte, do saneamento. Metem às mãos sujas no que não lhes pertence. E sem nenhum remorso roubam o presente e o futuro. Surrupiam do erário para asqueroso usufruto. E se divertem, debocham dos que são afanados e penalizados. A safadeza institucionalizada, a podridão da corrupção, os esquemas de organizações criminosas... Tudo, ao fim, é tangenciado, aliviado, atenuado. Que o diga o patético STF! E a sensação de impotência, junto com a indignação, assola milhares e milhões de habitantes deste território enlameado pela politicagem asquerosa,repugnante, que compromete todas as esferas de poder. Destroem o Estado e, com a maior desfaçatez, tentam responsabilizar os trabalhadores. Desqualificam o serviço público, os servidores, os que vivem honestamente e com dificuldades. Mentem. Alardeiam "reformas" salvadoras e, na essência, absolutamente maquiavélicas (benéficas ao sórdido sistema explorador), enganadoras. Onerosas exclusivamente para os que laboram,pagam impostos,e pouco ou nada ganham. 

A nós, massa de assalariados, gente da economia informal, povo humilde e sofrido, resta o dever de lutar! Apesar dos burocratas sindicais e dos aparatos, apesar dos pelegos e dos teóricos das redes sociais (que assistem,de camarote , a destruição do meio social enquanto praticam a sua verborragia) é mais do que hora de tomar as ruas. Protestando. Exigindo respeito e mudanças. A obrigação (por tudo que nos é caro) de enfrentar, de resistir, está na ordem do dia. Erguendo a nossa voz contra as injustiças. Ninguém,com discernimento, pode se omitir... Façamos, cada um de acordo com sua consciência e possibilidades, a  nossa parte! 

sexta-feira, 19 de maio de 2017

ANTUNES

Imagem: Reprodução Fábio Mundstock

Há exatos 105 anos, no 19/05/1912, o associado Armando Luiz Antunes pisava no gramado da Baixada para fazer história: o primeiro jogador afrodescendente a vestir a camiseta tricolor. Muito antes da emblemática contratação e passagem de Osmar Fortes Barcellos (o grande Tesourinha, que foi ídolo no coirmão), entre  1952-1954, o Grêmio afirmava seu caráter plural  abrigando pessoas de todas as origens étnicas. Saudemos a história!    

terça-feira, 9 de maio de 2017

HIGIENIZAÇÃO SOCIAL


Vídeo: Reprodução Youtube

Retrato triste a acabado da política de higienização social: criminaliza a pobreza enquanto sorri para os poderosos... Triste. Vergonhoso. Inaceitável. Tempos nebulosos encobrem Pindorama. Outrora cantada, em prosa e verso, e dito ensolarada...

sábado, 25 de março de 2017

VIVER. SEM TER QUE FUGIR...

 Arte: Lorena Marilac

São milhares, milhões. Oriundos dos países Africanos, do Oriente Médio. Das bandas latinas, de vastas e miseráveis regiões de todo Globo. Abandonam seus poucos pertences, suas famílias, seus afetos. Obrigados a integrar o grande êxodo do século XXI derivado de odiosas perseguições. Fugas em massa. Consequência brutal de covardes discriminações e matanças direcionadas a povos e múltiplas etnias. E nas estatísticas desta vergonha planetária algo perturbador:  mais da metade das gigantescas cifras contemplam crianças. Que marcham sem rumo, arrastadas. Que choram nos campos de expatriados espremidas nas cercas erguidas pelo preconceito e o medo. As guerras fratricidas patrocinadas pelo capital, a escancarada ganância, a intolerância, o fanatismo religioso criam o martírio e o suplício dos refugiados. Quantos já morreram? Quantos, a exemplo do menino Alan Kurdi, de três anos, ainda padecerão nos naufrágios? Quantas imagens dramáticas ainda serão geradas a nos atordoar? Os bombardeios de Aleppo, as guerras civis, os golpes de Estado, os massacres... 

Na contramão das misérias humanas os movimentos de apoio, de solidariedade, gerando afetiva acolhida, nos oferecem algum alento. Um amparo que manifesta-se das mais variadas formas. De grandes e globalizadas ações aos mais modestos, singelos gestos. Neste domingo, na Arena do Grêmio, estarão senegaleses, angolanos, haitianos, árabes, peruanos, colombianos, e outras nacionalidades celebrando a união de povos e a resistência (palavra chave nestes tempos). Todos participando da 1ª Copa dos Refugiados, Edição RS. Saudemos,portanto,a inclusão ! Que possamos, um dia, ter neste mundo (sem exceção) o direito de só viver. Sem precisar fugir...  

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2017

WHO REALLY LOVES ME ?


Arte: FSP 

Ao mesmo tempo em que causa alvoroço planetário com o discurso de ódio e ameaças beligerantes, Donald Trump satisfaz concepções políticas e ideológicas de relevante parte do seu eleitorado. Seu público cativo - dentro da América branca - o aplaude com entusiasmo.Que o digam as marchas de louvor e celebração da inominável Ku Klux Klan... A esperança é que, derivado deste enorme desastre, surgiu forte oposição popular nos EUA. Algo inédito e que tem congregado e fortalecido um ativismo adormecido. Não é para menos: desde a Casa Branca seus devaneios, deboche reacionário e conduta fascista tem colocado em ebulição o conjunto das Nações.Trazendo,a cada dia que passa, preocupação a todos os povos. Os próprios norte-americanos, conscientes dos riscos para o seu país e o mundo,resolveram não calar.  Decidiram, corretamente, se manifestar nas ruas: contra o atraso, contra os retrocessos e -por que não?- a favor da humanidade...