quinta-feira, 31 de dezembro de 2015

quinta-feira, 17 de dezembro de 2015

BANHA

Crédito Imagem:Grêmio.Net

 Estádio Nacional de Tóquio. Na grama castigada pelo impiedoso inverno japonês um homem corpulento e sorridente destaca-se na volta olímpica. Celebra. Agradece. Aos olhos da multidão, que nas arquibancadas solenemente aplaude, lembra os honoráveis lutadores de sumô. 
Alvaci Silva de Almeida, contudo, construiu sua vida não no "dohyo" e sim nos gramados. Jamais calçou chuteiras, mas tratou - com dedicação e profissionalismo exemplar -dos que as usaram para defender as cores do tricolor. Durante décadas (iniciando sua trajetória nas bandas da Azenha no malfadado ano de 1964) trabalhou no clube que sempre amou. E, na condição de massagista, teve a grata satisfação de contribuir (tremendamente) nas principais conquistas. Não por acaso foi  presença constante nos inúmeros pôsteres que registraram títulos, faixas e taças. 
Foi além. Extrapolando, não raro, às funções do ofício. Na emblemática "Batalha de La Plata" -quando jogadores, dirigentes e torcedores do Estudiantes ameaçaram invadir o vestiário gremista - não vacilou: com uma  tesoura em punho fez frente aos argentinos. Disposto. Possuído de indignação. Para o que der e vier. 
Direto da memória afetiva  lembro (ainda criança) daquele simpático "gordinho", munido de apetrechos nas duas mãos, irrompendo na cancha.  Disparando, desde a casamata, cada vez que  nossos jogadores se lesionavam. Passos curtos e acelerados. Uma atração a parte. Cena que nós -gremistas -nos acostumamos a ver ao longo das centenas de partidas no  Estádio Olímpico. Na data de 17/12/2009, aos 66 anos, "Banha" enlutou a todo meio futebolístico. E virou, definitivamente, um dos mais queridos e saudosos personagens da rica história gremista. 

"Tu não os vê, tu não os toca, mas estão presentes". 

sexta-feira, 11 de dezembro de 2015

UM REGISTRO HISTÓRICO...

Crédito Imagem: Luiz Ávila.

Don Elias Figueroa (e seu cotovelo, façamos justiça) sempre foi um franco antagonista. Capitão do coirmão nos anos setenta, o chileno -coincidentemente - estava a bordo da aeronave que levou os gremistas a suprema glória nipônica no inesquecível ano de 1983. Mesmo sendo uma figura referencial dos rivais (autor do gol do título brasileiro de 1975 e com uma trajetória de 336 partidas no clube da Padre Cacique) não recusou o convite de vestir a camisa tricolor para um histórico registro. Foi além: desejou sorte e declarou torcer para que o GRÊMIO saísse Campeão Mundial  na disputa contra o Hamburgo SV. Assim registraram os diários: "Desejo que o GRÊMIO seja Campeão do Mundo para valorizar ainda mais o futebol Gaúcho e o povo do Rio Grande do Sul, que tanto considero". Sem deixar de ser nosso adversário (e nem nós ferrenhos oponentes deste clássico zagueiro nascido em Valparaíso), elegantemente se portou. Outra época, é verdade. Mas, de certo modo, figuras assim fazem uma falta tremenda ao futebol...  

quinta-feira, 3 de dezembro de 2015

UMA SAUDADE MONUMENTAL ...


Parece que foi ontem. O calendário, contudo, aponta três anos transcorridos. Foi naquele domingo escaldante (dia de clássico), no 02/12/2012, a despedida oficial do saudoso Estádio Olímpico . A casa querida. Quanta história ! Para sempre na memória e no coração da gente gremista. 
Eis,aqui, uma saudade Monumental ... 

sábado, 31 de outubro de 2015

FORZA IGT !!!


O IGT segue necessitando apoio e solidariedade dos gremistas para que prossiga o meritório trabalho social na região que hoje acolhe a nossa casa. As comunidades do Navegantes, Humaitá e Vila Farrapos precisam do nosso clube e da Nação Tricolor! FORZA!!! VAMOS!!!


terça-feira, 15 de setembro de 2015

AQUELE MENINO ...


Arte: Francisco Carlos da Silva

         A Baixada dos meninos... Ajudando a forjar homens e uma excepcional história...  

Aquele menino nasceu numa época de promissoras mudanças e transformações sociais. Na largada de um século no qual a humanidade revolucionou o seu modo de viver, trazendo inúmeros avanços e conquistas nunca antes imaginadas. Concomitante a marcha do progresso as tragédias das cobiças, os holocaustos (assim mesmo, no plural), as chagas da ignorância e suas dores. A civilização alternando barbárie, a barbárie disfarçada de civilização e assim seguimos...Sem aprender. Repletos de  feridas que insistem em permanecer abertas.

Mas, o assunto é o menino. O mesmo acaba de cruzar faceiro e moleque por estas linhas. Desceu do bonde e já disparou em desabalada carreira na direção da Rua XV de Novembro. Após, seguirá vigoroso pela  Voluntários da Pátria. Nem acena, tomado por febril ansiedade. Pois, ainda hoje (e sempre) neste dia que começou e nunca termina (tendo o azul do céu trajado um celeste nunca visto), seguirá praticando o desafiador esporte que certo dia -no promissor ano de 1903 - foi apresentado à pacata sociedade porto-alegrense por aqueles ingleses, alemães e lusos oriundo do Sul da Província.

Angariando simpatias e adeptos lá está o menino nos campos da Várzea da Redenção. Perseguindo o balão de couro com contagiante entusiasmo, sorrindo. Nem percebe o movimento dos ponteiros do relógio. E corre, e luta, e vence, e se supera. Ao dar-se conta respira a Baixada, no instante seguinte transpõem o pórtico do Olímpico. Faz história. Extenuado, satisfeito, mira o quanto já percorreu, o tanto que somou, os sentimentos que despertou geração após geração, ganhando multidões, fazendo-se admirado e idolatrado por uma numerosa e vibrante Nação. O menino, o leitor também o vê, está logo ali. Circula pelo Humaitá, pela Vila Farrapos. Traja as mesmas calças compridas, os suspensórios, o boné e, principalmente, calça as mesmas embarradas, pesadas e surradas botinas. Fortes e vigorosas botinas dos que com bravura construíram um passado, um presente e projetam um futuro cada vez mais azul, preto e branco. Aquele menino aniversariou. Tem, agora, 112 anos e segue jovial e destemido, desafiando o tempo, as adversidades, a incredulidade.  Aquele menino é orgulho meridional e mundial. É o que faz o Rio Grande cantar com amor as façanhas que devem servir de modelo a toda Terra. Aquele menino vive e viverá. Aquele menino é Imortal.


 @JorgeBettiol


domingo, 30 de agosto de 2015

A EMOÇÃO DA CONQUISTA. UMA ALEGRIA IMORTAL !

O Capitão, O Comandante, O Xerife ... A Libertadores, de novo, é nossa ! 
A emoção da conquista...

A inesquecível noite de retomar a conquista da América, desta feita no caldeirão verde e branco do Atanasio Girardot - no tempo de uma convulsionada Medellín - iniciou ao final de uma partida de outra competição. Naquele histórico ano de 1995, no sagrado gramado do Olímpico, no jogo de volta sofremos a segunda derrota diante do Corinthians na Copa do Brasil. “Timão” dos apitos e de Marcelinho Carioca. Contudo, assim que Márcio Rezende de Freitas (um dos tantos cretinos que sempre foi festivo colaborador do eixo RJ-SP) encerrou a partida, todos se deram conta que o grande vencedor – mesmo no revés – tinha sido o tricolor! Afinal, das saudosas e trepidantes arquibancadas do velho e querido Estádio, a massa ergueu-se com orgulho e -a plenos pulmões – entoou os versos de Lupicínio Rodrigues. O hino, carregado de sentimento, abafou totalmente a comemoração dos visitantes. Cujos torcedores, mais adiante, se calariam no Morumbi quando do bailão de Tite e Cia. e, ainda, retornariam a casa gremista para chorar um rebaixamento. A multidão gremista, distinta, tem por hábito ser exemplar. Não se compara. Neste marcante episódio demonstrou o que é o amor à camiseta, reconhecendo o esforço e transmitindo total confiança nos futuros embates que a vibrante e aguerrida equipe de Felipão teria que travar. A temporada, extensa, daria oportunidade de reverter aquela perda. E não tardou, começando pela aldeia, a notável reação. Já de olho na  Libertadores, embalados pela fenomenal resposta da torcida ao término da CB e impregnados pelo espírito de indignação diante das adversidades (que está no DNA desta instituição briosa e vencedora), o inesquecível Banguzinho atropelou o tradicional rival e ficou de dono da Taça do Gauchão. Naquele momento, toda amargura de plantão começou a temer (e tremer) pelo pior: poderia estar a caminho mais uma epopeia Continental do Grêmio...

                                                         Arte:Franjeado.Com
                               O aracnídeo faz pose para ser Vice-Campeão da América 

O pesadelo dos secadores logo se confirmou. Numa jornada de afirmação modelar o GRÊMIO (12 anos após a inolvidable peleja contra o Penãrol) chegou à nova final reivindicando de San Martin, Bolívar, Artigas e O´Highins reaver a posse da Taça na qual gravara seu nome – com transpiração e sangue – no mítico ano de 1983. O adversário seria o respeitável Atlético Nacional. Detentores de um título conquistado no ano de 1989 sobre o Olímpia do Paraguai (que antes despachara, na beira do estuário do Guaíba, nosso tradicional rival). Para se habilitar ao confronto contra o tricolor os colombianos haviam eliminado o poderoso River Plate (de Ayala, Sorín, Aimar, Gallardo, Francescoli, Crespo, Ortega e tantos outros liderados de Ramon Diaz) por penalidades em pleno Monumental de Nuñez. Entretanto, a história no Monumental da Azenha seria – felizmente - outra... Quando nada parecia romper a retranca de Los Verdolagas, Marulanda tentou afastar cruzamento do Diabo Loiro e colocou no fundo da rede do acrobático René Higuita. Na sequência, Jardel e o próprio Paulo Nunes fecharam a conta no 3x1. O que nos deu boa vantagem para embarcarmos rumo a Capital da Província de Antioquia. E lá, mesmo tomando o gol de Aristizabal logo aos 12 da primeira etapa e com tremenda pressão da hinchada adversária, não nos deixamos intimidar. Com organização, valentia e uma entrega digna da  Cultura de Grêmio chegamos ao empate através do Cangaceiro dos Pampas. O homem que um dia passou fome e resolveu saciá-la distribuindo carrinhos e levantando troféus. Um tiro certeiro, disparado na marca da cal, sem chance alguma para “El Escorpión”. Ao trilar o apito a emoção que iniciou nas montanhas centrais da Cordilheira dos Andes se esparramou pela América impregnando a Província de São Pedro de tremenda alegria. Outro capítulo de triunfo passaria a constar na rica história gremista. História tingida de azul, preto e branco que desfilou orgulhosa no gramado da Arena, neste domingo de calor e memória. Diante dos olhos de várias gerações que aplaudiram de pé, agradecidas e comovidas, os 20 anos desta grande glória.
Gracias. Obrigado GRÊMIO por esta alegria Imortal!

@JorgeBettiol

  

sábado, 8 de agosto de 2015

NINGUÉM PODE QUERER MAIS DO QUE NÓS !



                                                                    Imagens: YouTube

Naquele final de tarde, quase noite invernal, nosso destino não poderia ser outro: comparecer na aterrada área da Padre Cacique para apoiar – c/ toda convicção e fervor – o amado tricolor. Coerentes com o sentimento emanado por estas três cores e seguindo a risca (uma vez mais...e foram tantas) o lema de fidelidade propagado desde as bandas do Prata: “en las buenas y en las malas mucho mas”! O clássico 368 tinha – além de seus significados e da dimensão transcendental de qualquer Grenal - a particularidade do GRÊMIO chegar tremendamente ferido pela perda da Libertadores diante da sua gente, no glorioso Monumental. Quatro dias após, o calendário do brazileirão nos daria oportunidade ímpar de recuperação e afirmação. Além disto, vínhamos de uma sequência de insucessos nos clássicos anteriores e, definitivamente, era o momento de reverter! Impregnados deste espírito copamos o estádio do rival: dentro e fora da cancha! O clima era de celebração antecipada por parte dos anfitriões. Antes da partida, a euforia tomava conta da assistência local: bandeiras e faixas saudavam a pagavam vale para o Boca Juniors. Afinal, os bosteros foram algozes dos alvirrubros em duas sul-americanas e aplicando sonoras goleadas. Também nas cabines de imprensa amontoadas de indivíduos "isentos" (desprezíveis e fétidos na sua amargura) o ambiente era festivo: todos se divertiram muito quando surgiu um aviãozinho... O qual sobrevoou o futuro morangão exibindo a seguinte frase: “O Imortal Morreu –FIFA”.

24/07/2007 - Junto aos amigos Ducker e Fernando Bittencourt. Aonde estão? Ninguém os vê...

Entretanto, tal alegria se manteve por miserável espaço de tempo. Logo aos sete minutos da etapa inicial o franzino e polivalente Lúcio estufou os cordéis da equipe local e sacramentou o silêncio característico do entorno vermelho e branco. Retribuindo – em jogada magistral – mais um inesquecível presente ofertado pelo generoso (e hoje desempregado) Clemer. Saudoso colaborador, façamos justiça, desde os tempos da Lusa. Terminado o primeiro tempo, no qual os visitantes deram aula de cantoria e alento, os locais afundaram nas vaias que já estavam bufando antes mesmo do intervalo! A ponto do sistema de som, antes do retorno para etapa derradeira, facultar ao imbecil do Bagre Fagundes o microfone! O mesmo fez um patético apelo aos espectadores da beira do estuário implorando que...Ajudassem ao time! Comovente. Porém, ineficaz. Seguiram os resmungos do lado de lá e o GRÊMIO soberano nas quatro linhas e na arquibancada. Diego Souza meteu outra bucha e o jovem Everton perdeu um gol feito, quase na finaleira... História e lições. 

Neste domingo quem nos visita machucado, dilacerado por mordidas de um felino mexicano, é o vizinho da Zona Sul. Eliminados na semi da Copa. Carregados por rumores de grupo dividido, aliado a demissão do carbonero Aguirre. E o que isto significa de vantagem para o GRÊMIO? A priori, rigorosamente nada. Pelo contrário: deve nos obrigar a ter ainda mais atenção, todo foco e ímpeto na busca do triunfo! Descontados os otimistas justificados, há os oportunistas de plantão apostando na desmobilização gremista. Façamos a nossa parte no campo de jogo, antes de tudo. E sejamos,neste momento,escaldados dos que recheiam textos e manchetes apontando “flagrante favoritismo” e toda uma ladainha que, nos prós e contras, pende faceiramente a favor do tricolor. Independente da condição do tradicional oponente, de nossa parte acreditamos sempre. E a plenos pulmões vamos externar esta crença no apoio incondicional. Contudo, sabemos de que nada adiantará grupo, tática, estratégia, se os que tem a obrigação de honrar a camiseta não tiverem vontade, alma e coração! Transpirar, estar impregnado na determinação de se impor e com fome de vitória! Com humildade, mas força! Ninguém pode querer e lutar mais do que nós ! Este é o desejo da massa. Esta é a Cultura de GRÊMIO!!!

@JorgeBettiol 

quarta-feira, 5 de agosto de 2015

AC/DC - Estádio Nacional de Varsóvia / 2015


                                                                Vídeo: Weronika Symczuk                                                                                              

                                                                                                                                                                                                                                                                                        

terça-feira, 30 de junho de 2015

A ESTRELA NEGRA E DOURADA DA BANDEIRA TRICOLOR ...

Imagens: Revista do GRÊMIO

Há 45 anos Everaldo Marques da Silva foi eternizado no glorioso Pavilhão Tricolor. Bordada sua trajetória e a inédita conquista na forma de uma estrela. Belíssima e justa homenagem. Até hoje inédita na história de qualquer clube de futebol ao redor do planeta. Grêmio das legendas... Grêmio de todos. Grêmio AZUL celeste, orgulho NEGRO e BRANCO...  

quarta-feira, 27 de maio de 2015

sábado, 2 de maio de 2015

A DAR A VOLTA ! PELA RETOMADA ...

Arte: Impactus

Tenho um pôster (destes de papel jornal) da última equipe campeã do GRÊMIO. Colocado no quadro mural de cortiça na repartição onde trabalho. O afixei, auxiliado por percevejos de metal, da forma mais alinhada possível. Foi na manhã de 03/05, ainda rouco pelo descontrole na cancha. Logo após o domingo no qual o rival resolveu colocar água no chopp do nosso tricolor. Derrota que, obviamente, não impediu o trago, a cantoria e a taça erguida para felicidade da massa que estava no eterno e saudoso Monumental. O título era nosso! Afinal, uma semana antes, debaixo de muita chuva na constantemente encharcada região da  Padre Cacique, celebramos uma vitória maiúscula e incontestável sobre Pato Abbondanzieri e os demais comandados de Fossati. 


O tempo passou. Meia década (de tantas mudanças pela aldeia e pelo globo) transcorreu e a referência impressa de uma conquista - solitária no painel - permaneceu sendo a foto daquele time do Silas. Está ali. Dividindo espaço com avisos, listas de telefones, endereços e calendários. E chama atenção o seguinte: mesmo após infindáveis 1825 dias a qualidade do que não deveria muito durar permanece inalterada. A textura, as cores, nada sofreu modificação. Verdade que um jornal pode até permanecer intacto – dadas certas condições - por décadas. Mas ali, mesmo com toda umidade e ação corrosiva de algumas bactérias, a tal rigidez das células vegetais resiste bravamente! E sequer amarelou nas bordas ...


Esta durabilidade referida bem que poderia servir de emblema do fanatismo e da fidelidade da Nação Gremista. Pois, mesmo nos períodos de escassez de vitórias, secura de pódios e ausência de títulos, jamais abandonou o clube. Tive uma infância na qual – antes da desforra e do salto (i)mortal do André Catimba (que lá do alto, aposto, conseguiu enxergar o Estádio Nacional de Tóquio antes de se estatelar no gramado do Olímpico) – convivíamos com a supremacia e a notória soberba do rival. Não ganhávamos rigorosamente nada e, nem por isto, deixávamos de trajar com orgulho a camiseta. A minha tinha um escudo de plástico comprado avulsamente e costurado – generosamente - no âmbito doméstico (mais tarde foi substituído, no mesmo manto/pano, por um distintivo bordado). Ser do GRÊMIO sempre foi à grande alegria e as três cores, aliada e solidez da nossa gente, é o que bastava. A falta de faixas nunca foi impeditivo para afirmarmos – exatamente com ainda mais altivez – o genuíno sentimento e o apoio integral.

 

                                                                         Imagem: Youtube (Canal Grêmio F.)

Se houvesse uma vitória ? Melhor, lógico. Somaria na trincheira de resistência do gremismo. Especialmente triunfar no clássico. Eis que, antes mesmo de pisar numa cancha ( no distante ano de 1975), um  certo José Márcio Pereira da Silva - com seu cabelo Black Power - nos brindou com uma alegria indescritível: destroçou o coirmão num memorável Grenal na beira do lago Guaíba. Transformando-se no assunto preferencial nas rodas de conversa futebolísticas. Nos bares, nas esquinas, na vizinhança... Zequinha, goleador e carrasco. O suficiente para virar ídolo do então pia que, passado tanto tempo, agora rabisca estas linhas... 


Naquele ano no qual o Pink Floyd, The Who, Eric Clapton lançaram novos trabalhos, de independência das colônias portuguesas na África, de efervescência dos Panteras Negras, fim da guerra do Vietnã e do covarde assassinato do Vladimir Herzog nos porões da ditadura militar, o acréscimo na imensa satisfação de optar pelo azul, preto e branco chamava-se Zequinha e atuava na ponta-direita. No final, não vencemos a competição... E,se algum jogador nosso choramingava nas entrevistas, o fato é que a torcida seguia firme, inabalável, nas arquibancadas. 


Logo em seguida, por esta força que emana do torcedor e pela própria essência do clube, revertemos. Naquele inesquecível, emblemático, 25 de setembro de 1977. No qual André Catimba, mesmo se estatelando no gramado, saltou para a história. E não demorou para vibrarmos no próprio Beira-Rio! Guris e faceiros - na companhia dos amigos de crença tricolor - vendo o Vantuir erguer o Troféu diante dos nossos olhos. A satisfação de celebrar na casa deles, junto a milhares de gremistas, no ano de 1980. Perdemos outros campeonatos, ganhamos novamente... E até de casquinha levamos por lá (mais uma vez presentes) com o Pedro Jr., em 2006. Ficando o estádio todo, enquanto os locais se retiravam, a disposição para os festejos do tricolor...


Neste domingo, que exalta e lembra um Morumbi calado na primeira glória nacional, rumaremos para outra finaleira regional. Convictos, passadas tantas jornadas, de que nenhum resultado ou época profanam o que nos toca. A exemplo da vida e dos amores que nela surgem –mesmo nas dificuldades – o que é absoluto e autêntico permanece intacto. Somos da vertente que abona incessantemente esta camiseta. A morrer. E, portanto, acreditamos nos que estarão  representando o GRÊMIO. Confiantes na história de superações deste clube mosqueteiro e de massas. Ao lado. Prontos - nunca é demais repetir -para o que der e vier. Seguros que é o momento de recuperarmos a hegemonia. É o momento de se fazer justiça aos que estão trabalhando e tanto incomodam o ressentimento midiático e a velha amargura. É o momento de retribuir o apoio incondicional desta multidão apaixonada. É hora de dar a volta. Vamos !!!

 @JorgeBettiol

segunda-feira, 13 de abril de 2015

NOS DEIXA UM GRANDE ...RESTA SEGUIR CAMINHANDO...



Uma trajetória singular... Homem das letras e admirador da pelota. Que "reconhecia a grandeza nas coisas pequenininhas". Só não maior que seu  brilhantismo foi sua humildade (amava o singelo, desprezava as convenções e os holofotes). Com tal envergadura não poderia deixar de gerar todo este pesar pela passagem e, no lamento de sua ausência, multiplicar o merecido reconhecimento. Simplicidade e profundidade.  Impressionante como sintetizava a tal complexidade do mundo e a de todos nós que estamos neste turbilhão. Obra imensa, ser humano ímpar.  Trabalhou em fábrica, foi pintor, mensageiro, caixa de banco e desenhava. Fazia caricaturas. Foi jornalista, historiador, poeta, crítico, mestre nas palavras. E jamais, em momento algum, reivindicou qualquer título. Engajado e peleador. Foi preso, exilado. Um pensador que exaltava a beleza da vida (mesmo na dor que nos acompanha neste sofrido Continente)  nos seus mais modestos e corriqueiros momentos. 
A cerimônia ofertada pelo país em gratidão foi marcada para o Salón de Los Pasos Perdidos no Palácio Legislativo de Montevideo. Possivelmente o escritor e hincha do Nacional acharia um exagero todas as sinceras homenagens. 
Pulsa o coração da América. Nos deixa um grande ... Resta seguir caminhando ...  

terça-feira, 31 de março de 2015

REVERÊNCIA E PALMAS AO GOLEADOR ...

Crédito Imagem: doentesporfutebol.com.br


Alcindo Martha de Freitas. O sujeito que vindo das bandas de Sapucaia foi servir ao índio capilé no Cristo Rei para depois rumar para capital. Não imaginando que passaria pela decepção profunda de ser rejeitado.Menosprezado por mesquinhos (e Deus abençoe esta ganância) dirigentes rubros que negaram ao jovem uma modesta ajuda de custo para treinar. Mal sabiam que atentos tricolores reconheciam naquele promissor par de chuteiras um poderoso avante. Vislumbrando, quem sabe, um empilhador de gols e colecionador de faixas. O destino vitorioso se confirmou na brilhante e aguerrida trajetória  azul, preta e branca. Transformou-se no maior artilheiro da história do GRÊMIO. Matador. Algoz do rival. 

Predestinado, de fôlego e força, a estufar os cordéis e fazer a massa vibrar. No estádio, nos bares, nas ruas. Nas vilas e periferias. Gol do GRÊMIO ! Gol do Alcindo ! Gol do Bugre ! Xucro do Olímpico. Xucro da gente tricolor. Xucro pela simplicidade, pelo ímpeto nas inúmeras e heroicas pelejas travadas defendendo a camiseta amada. A que seguiu trajando.A que nunca abandonou... 

Nesta particular celebração,a Nação Gremista pede licença. E, de maneira ainda mais efusiva, te reverencia e aplaude. A exemplo dos que ontem, nas arquibancadas, te saudaram e apoiaram a respeitável e inesquecível trajetória nos gramados. Testemunhando - com sorrisos e imensa gratidão - a legenda que te tornaste.  
Grato, Bugre Xucro. Por tanta entrega,gremismo e alegrias !

sábado, 28 de fevereiro de 2015

FORZA GRÊMIO !!!

                                                           Crédito Imagem: Memorial Hermínio Bittencourt    
                      Inigualável e fiel torcida tricolor. A que faz história e nunca abandonou... 


Se os tempos são de dificuldades e as sombras das apreensões nos cercam. Se no horizonte não se vislumbra perspectiva e, desde já, sobra desconforto e impaciência. Se no plantel carências são notórias. Se é considerável o ceticismo quanto a retomada imediata das grandes vitórias e  dos títulos ...
Há os que, mal disfarçadamente, secam nas cabines de imprensa. Figuras carimbadas. Sórdidos de plantão. Esfregam as mãos, exultantes, torcendo pelo pior. Propagando intrigas, semeando mais discórdia e desconfiança. Destacando com lupas e fúria só o negativo. O que possa  agregar para o GRÊMIO é desconstituído, solenemente ignorado. Abutres da mídia amarga. Outros, tristemente, colocam política clubística acima dos interesses e do fortalecimento da instituição. Porém, a imensa maioria desta fanática e apaixonada torcida meridional está onde sempre esteve e sempre estará: ao lado do tricolor, ombro a ombro, a postos para fazer frente a todo e qualquer desafio. Todos passam, se canta nas canchas. O que permanece é o sentimento. Este não se rompe, não se abala e, jamais, se mancha. Mesmo nos insucessos e na dor das derrotas. É a fidelidade à paixão. E neste domingo, no reformado estádio das bandas da Padre Cacique,  estará a vibrante gente gremista que apoia com vigor nas boas e, com  ainda mais força e disposição, alenta nas ruins! Acreditando que se pode, apesar de todos os prognósticos contrários, superar o rival. Confiante na história de superações deste amado clube e trajando com orgulho a camiseta reluzente de azul, preto e branco. 
Aos que, nos bastidores e gramado (dirigentes, comissão técnica e jogadores), tem a tarefa de fazer valer uma história mais do que centenária, todo empenho, toda gana por vencer! Afinal, nada (alguém dúvida) pode ser maior ...
Que o clássico seja de todos, mas que o triunfo seja nosso !

FORZA GRÊMIO !!!