domingo, 30 de agosto de 2015

A EMOÇÃO DA CONQUISTA. UMA ALEGRIA IMORTAL !

O Capitão, O Comandante, O Xerife ... A Libertadores, de novo, é nossa ! 
A emoção da conquista...

A inesquecível noite de retomar a conquista da América, desta feita no caldeirão verde e branco do Atanasio Girardot - no tempo de uma convulsionada Medellín - iniciou ao final de uma partida de outra competição. Naquele histórico ano de 1995, no sagrado gramado do Olímpico, no jogo de volta sofremos a segunda derrota diante do Corinthians na Copa do Brasil. “Timão” dos apitos e de Marcelinho Carioca. Contudo, assim que Márcio Rezende de Freitas (um dos tantos cretinos que sempre foi festivo colaborador do eixo RJ-SP) encerrou a partida, todos se deram conta que o grande vencedor – mesmo no revés – tinha sido o tricolor! Afinal, das saudosas e trepidantes arquibancadas do velho e querido Estádio, a massa ergueu-se com orgulho e -a plenos pulmões – entoou os versos de Lupicínio Rodrigues. O hino, carregado de sentimento, abafou totalmente a comemoração dos visitantes. Cujos torcedores, mais adiante, se calariam no Morumbi quando do bailão de Tite e Cia. e, ainda, retornariam a casa gremista para chorar um rebaixamento. A multidão gremista, distinta, tem por hábito ser exemplar. Não se compara. Neste marcante episódio demonstrou o que é o amor à camiseta, reconhecendo o esforço e transmitindo total confiança nos futuros embates que a vibrante e aguerrida equipe de Felipão teria que travar. A temporada, extensa, daria oportunidade de reverter aquela perda. E não tardou, começando pela aldeia, a notável reação. Já de olho na  Libertadores, embalados pela fenomenal resposta da torcida ao término da CB e impregnados pelo espírito de indignação diante das adversidades (que está no DNA desta instituição briosa e vencedora), o inesquecível Banguzinho atropelou o tradicional rival e ficou de dono da Taça do Gauchão. Naquele momento, toda amargura de plantão começou a temer (e tremer) pelo pior: poderia estar a caminho mais uma epopeia Continental do Grêmio...

                                                         Arte:Franjeado.Com
                               O aracnídeo faz pose para ser Vice-Campeão da América 

O pesadelo dos secadores logo se confirmou. Numa jornada de afirmação modelar o GRÊMIO (12 anos após a inolvidable peleja contra o Penãrol) chegou à nova final reivindicando de San Martin, Bolívar, Artigas e O´Highins reaver a posse da Taça na qual gravara seu nome – com transpiração e sangue – no mítico ano de 1983. O adversário seria o respeitável Atlético Nacional. Detentores de um título conquistado no ano de 1989 sobre o Olímpia do Paraguai (que antes despachara, na beira do estuário do Guaíba, nosso tradicional rival). Para se habilitar ao confronto contra o tricolor os colombianos haviam eliminado o poderoso River Plate (de Ayala, Sorín, Aimar, Gallardo, Francescoli, Crespo, Ortega e tantos outros liderados de Ramon Diaz) por penalidades em pleno Monumental de Nuñez. Entretanto, a história no Monumental da Azenha seria – felizmente - outra... Quando nada parecia romper a retranca de Los Verdolagas, Marulanda tentou afastar cruzamento do Diabo Loiro e colocou no fundo da rede do acrobático René Higuita. Na sequência, Jardel e o próprio Paulo Nunes fecharam a conta no 3x1. O que nos deu boa vantagem para embarcarmos rumo a Capital da Província de Antioquia. E lá, mesmo tomando o gol de Aristizabal logo aos 12 da primeira etapa e com tremenda pressão da hinchada adversária, não nos deixamos intimidar. Com organização, valentia e uma entrega digna da  Cultura de Grêmio chegamos ao empate através do Cangaceiro dos Pampas. O homem que um dia passou fome e resolveu saciá-la distribuindo carrinhos e levantando troféus. Um tiro certeiro, disparado na marca da cal, sem chance alguma para “El Escorpión”. Ao trilar o apito a emoção que iniciou nas montanhas centrais da Cordilheira dos Andes se esparramou pela América impregnando a Província de São Pedro de tremenda alegria. Outro capítulo de triunfo passaria a constar na rica história gremista. História tingida de azul, preto e branco que desfilou orgulhosa no gramado da Arena, neste domingo de calor e memória. Diante dos olhos de várias gerações que aplaudiram de pé, agradecidas e comovidas, os 20 anos desta grande glória.
Gracias. Obrigado GRÊMIO por esta alegria Imortal!

@JorgeBettiol

  

Um comentário:

Juju Franzoni disse...

Tem como não ficar emocionada com o texto?? Impossível eu chorei !!! GRÊÊMIIOO !!!