O Capitão, O Comandante, O Xerife ... A Libertadores, de novo, é nossa ! A emoção da conquista... |
A inesquecível noite de retomar a conquista da
América, desta feita no caldeirão verde e branco do Atanasio Girardot - no tempo
de uma convulsionada Medellín - iniciou ao final de uma partida de outra
competição. Naquele histórico ano de 1995, no sagrado gramado do Olímpico,
no jogo de volta sofremos a segunda derrota diante do Corinthians na Copa do
Brasil. “Timão” dos apitos e de Marcelinho Carioca. Contudo, assim que Márcio
Rezende de Freitas (um dos tantos cretinos que sempre foi festivo colaborador
do eixo RJ-SP) encerrou a partida, todos se deram conta que o grande vencedor –
mesmo no revés – tinha sido o tricolor! Afinal, das saudosas e trepidantes
arquibancadas do velho e querido Estádio, a massa ergueu-se com orgulho e -a
plenos pulmões – entoou os versos de Lupicínio Rodrigues. O hino, carregado de sentimento,
abafou totalmente a comemoração dos visitantes. Cujos torcedores, mais adiante,
se calariam no Morumbi quando do bailão de Tite e Cia. e, ainda, retornariam a
casa gremista para chorar um rebaixamento. A multidão gremista, distinta, tem
por hábito ser exemplar. Não se compara. Neste marcante episódio demonstrou o
que é o amor à camiseta, reconhecendo o esforço e transmitindo total confiança nos
futuros embates que a vibrante e aguerrida equipe de Felipão teria que travar. A
temporada, extensa, daria oportunidade de reverter aquela perda. E não tardou,
começando pela aldeia, a notável reação. Já de olho na Libertadores, embalados pela fenomenal
resposta da torcida ao término da CB e impregnados pelo espírito de indignação
diante das adversidades (que está no DNA desta instituição briosa e vencedora),
o inesquecível Banguzinho atropelou o tradicional rival e ficou de dono da Taça
do Gauchão. Naquele momento, toda amargura de plantão começou a temer (e
tremer) pelo pior: poderia estar a caminho mais uma epopeia Continental do
Grêmio...
Arte:Franjeado.Com
O aracnídeo faz pose para ser Vice-Campeão da América
O pesadelo dos secadores logo se
confirmou. Numa jornada de afirmação modelar o GRÊMIO (12 anos após a inolvidable peleja contra o Penãrol)
chegou à nova final reivindicando de San Martin, Bolívar, Artigas e O´Highins
reaver a posse da Taça na qual gravara seu nome – com transpiração e sangue –
no mítico ano de 1983. O adversário seria o respeitável Atlético
Nacional. Detentores de um título conquistado no ano de 1989 sobre o Olímpia do
Paraguai (que antes despachara, na beira do estuário do Guaíba, nosso tradicional
rival). Para se habilitar ao confronto contra o tricolor os colombianos haviam
eliminado o poderoso River Plate (de Ayala, Sorín, Aimar, Gallardo,
Francescoli, Crespo, Ortega e tantos outros liderados de Ramon Diaz) por
penalidades em pleno Monumental de Nuñez. Entretanto, a história no Monumental
da Azenha seria – felizmente - outra... Quando nada parecia romper a retranca de
Los Verdolagas, Marulanda tentou afastar cruzamento do Diabo Loiro e colocou no
fundo da rede do acrobático René Higuita. Na sequência, Jardel e o próprio
Paulo Nunes fecharam a conta no 3x1. O que nos deu boa vantagem para
embarcarmos rumo a Capital da Província de Antioquia. E lá, mesmo tomando o gol
de Aristizabal logo aos 12 da primeira etapa e com tremenda pressão da hinchada
adversária, não nos deixamos intimidar. Com organização, valentia e uma entrega
digna da Cultura de Grêmio chegamos ao
empate através do Cangaceiro dos Pampas. O homem que um dia passou fome e
resolveu saciá-la distribuindo carrinhos e levantando troféus. Um tiro
certeiro, disparado na marca da cal, sem chance alguma para “El Escorpión”. Ao trilar o
apito a emoção que iniciou nas montanhas centrais da Cordilheira dos Andes se
esparramou pela América impregnando a Província de São Pedro de tremenda
alegria. Outro capítulo de triunfo passaria a constar na rica história
gremista. História tingida de azul, preto e branco que desfilou orgulhosa no gramado
da Arena, neste domingo de calor e memória. Diante dos olhos de várias gerações
que aplaudiram de pé, agradecidas e comovidas, os 20 anos desta grande glória.
Gracias. Obrigado GRÊMIO por esta alegria
Imortal!
@JorgeBettiol
Um comentário:
Tem como não ficar emocionada com o texto?? Impossível eu chorei !!! GRÊÊMIIOO !!!
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