terça-feira, 13 de agosto de 2013

OS ABUTRES, A RAPOSA ...


Vencemos. Necessitávamos tremendamente de um resultado positivo nos recuperando da derrota diante do Coxa e afastando os abalos sísmicos da desconfiança generalizada e os carregados  presságios dos arautos da amargura.  E a vitória veio com esforço e superação, sendo assim dada a devida licença pelos orixás para o elástico placar. Após um primeiro tempo de domínio adversário, o Grêmio retornou do intervalo disposto a corrigir o posicionamento, avançar a marcação, ocupar espaços e tentar sair para o jogo. Mesmo com as carências de armação e a efetividade ofensiva débil, chegamos ao tento. Um gol protagonizado pelo aguerrido espírito guarani de Cristian Riveros, digno das batalhas travadas por Solano Lopez. Na sequência, a sorte charrua que presenteia os que peleiam ampliou e a bucha dos irmãos Biteco (na homenagem derradeira ao seu Jorceli e aos milhares de pais gremistas) deu números finais ao duelo de tricolores. 


Está tudo resolvido, após o triunfo na Fonte Nova ? Evidente que o leitor sabe que não. Da mesma maneira que não estava e não está tudo mal, errado, merecedor da propagação do descrédito em função dos resultados anteriores. Vários questionamentos podem e devem ser feitos nos debates entre os torcedores, da formatação tática, sua inconstância (mesmo com atenuantes de lesões, cartões) e a dúvida sobre a possibilidade de (com seguidas variações) se adquirir um padrão de jogo. Embora, na objetividade das respostas, o comandante gremista tenha sido taxativo quanto a este aspecto: “esquema bom é o que ganha jogo”. Verdade. Inquestionável. Sendo a grande tarefa, acrescentando, a obviedade de mantermos a regularidade. Sobre as escalações, das opções diante da má fase de uns, do baixo rendimento recente de outros, tudo naturalmente gera opiniões e até cobranças. Enfim. Mas nada, por favor, que de vazão ao discurso derrotista e desmobilizador de não se ter mais aspiração na competição (com pouco mais de um terço do calendário findado), de término da temporada (???) e outras infâmias. Nada que justifique o rasante dos abutres. Antes da grata goleada em Salvador (esta tmb. com inúmeras ressalvas e críticas destacadas em primeiro plano nos meios esportivos), era o que se alardeava com intensidade. 

Portaluppi está contabilizando oito partidas na considerável tarefa de estruturar o que nunca foi montado por seu falante antecessor. Igual, mal houve o tropeço, é cobrado com implacável energia por analistas isentos preocupados com o futebol do Rio Grande. Os mesmos que, confrontados com a ira da torcida diante de rotundos e seguidos fracassos de um projeto falso, oneroso e sem perspectivas, reagiam nas rádios, tevês e jornais dizendo: “analisar somente os resultados, é simplismo dos torcedores”. Por estes tipos, até o Celso Juarez Roth estaria no agrado dos torcedores para desembarcar imediatamente nas bandas do Humaitá. Por esta mesma séria e responsável gente da crônica, o enfoque gremista é invariavelmente sob o prisma de crise, outros tem nos tropeços (e até fiascos) um tratamento de exaltação de aspectos positivos, ou “agenda positiva” no dizer do Henrique Azambuja. Na real, a má vontade deve ser nossa. Por este nosso ceticismo e asco, ainda vamos acabar com o exemplar jornalismo esportivo praticado na Província de São Pedro ...


O Grêmio recebe os celestes nesta quarta-feira. A raposa, na liderança e por isto mesmo na mira de todos, sendo caçada. Com algum possível retorno nas quatro linhas, o reforço importante e acertado de redução no preço dos ingressos (aliviando o bolso da massa) e a necessidade de estabilizar a equipe emendando outra vitória, o tricolor certamente terá o tradicional e vibrante apoio do seu torcedor ! Vamos GRÊMIO !!!


@Jorge Bettiol











Um comentário:

Anônimo disse...

É MESMO BETTIOL OS ABUTRES NAO DAO FOLGA AO GREMIO PORQUE ESTES SECADORES TAO A FIM DAA CARNIÇA DO IMORTAL E NAO VAO TER !!