Vencemos.
Necessitávamos tremendamente de um resultado positivo nos recuperando da
derrota diante do Coxa e afastando os abalos sísmicos da desconfiança
generalizada e os carregados presságios dos arautos da amargura. E
a vitória veio com esforço e superação, sendo assim dada a devida licença pelos
orixás para o elástico placar. Após um primeiro tempo de domínio adversário, o
Grêmio retornou do intervalo disposto a corrigir o posicionamento, avançar a
marcação, ocupar espaços e tentar sair para o jogo. Mesmo com as carências de
armação e a efetividade ofensiva débil, chegamos ao tento. Um gol protagonizado
pelo aguerrido espírito guarani de Cristian Riveros, digno das batalhas
travadas por Solano Lopez. Na sequência, a sorte charrua que presenteia os que
peleiam ampliou e a bucha dos irmãos Biteco (na homenagem derradeira ao seu
Jorceli e aos milhares de pais gremistas) deu números finais ao duelo de
tricolores.
Está
tudo resolvido, após o triunfo na Fonte Nova ? Evidente que o leitor sabe que
não. Da mesma maneira que não estava e não está tudo mal, errado, merecedor da
propagação do descrédito em função dos resultados anteriores. Vários
questionamentos podem e devem ser feitos nos debates entre os torcedores, da
formatação tática, sua inconstância (mesmo com atenuantes de lesões, cartões) e
a dúvida sobre a possibilidade de (com seguidas variações) se adquirir um
padrão de jogo. Embora, na objetividade das respostas, o comandante gremista
tenha sido taxativo quanto a este aspecto: “esquema bom é o que ganha jogo”.
Verdade. Inquestionável. Sendo a grande tarefa, acrescentando, a obviedade de
mantermos a regularidade. Sobre as escalações, das opções diante da má fase de
uns, do baixo rendimento recente de outros, tudo naturalmente gera opiniões e
até cobranças. Enfim. Mas nada, por favor, que de vazão ao discurso derrotista
e desmobilizador de não se ter mais aspiração na competição (com pouco mais de
um terço do calendário findado), de término da temporada (???) e outras
infâmias. Nada que justifique o rasante dos abutres. Antes da grata goleada em Salvador (esta tmb. com inúmeras ressalvas e
críticas destacadas em primeiro plano nos meios esportivos), era o que se
alardeava com intensidade.
Portaluppi está contabilizando oito partidas na
considerável tarefa de estruturar o que nunca foi montado por seu falante antecessor.
Igual, mal houve o tropeço, é cobrado com implacável energia por analistas
isentos preocupados com o futebol do Rio Grande. Os mesmos que, confrontados
com a ira da torcida diante de rotundos e seguidos fracassos de um projeto
falso, oneroso e sem perspectivas, reagiam nas rádios, tevês e jornais dizendo:
“analisar somente os resultados, é simplismo dos torcedores”. Por estes tipos,
até o Celso Juarez Roth estaria no agrado dos torcedores para desembarcar imediatamente
nas bandas do Humaitá. Por esta mesma séria e responsável gente da crônica, o
enfoque gremista é invariavelmente sob o prisma de crise, outros tem nos
tropeços (e até fiascos) um tratamento de exaltação de aspectos positivos, ou
“agenda positiva” no dizer do Henrique Azambuja. Na real, a má vontade deve ser nossa.
Por este nosso ceticismo e asco, ainda vamos acabar com o exemplar jornalismo esportivo praticado
na Província de São Pedro ...
O Grêmio recebe os celestes nesta
quarta-feira. A raposa, na liderança e por isto mesmo na mira de todos, sendo
caçada. Com algum possível retorno nas quatro linhas, o reforço importante e
acertado de redução no preço dos ingressos (aliviando o bolso da massa) e a
necessidade de estabilizar a equipe emendando outra vitória, o tricolor certamente terá o tradicional
e vibrante apoio do seu torcedor ! Vamos GRÊMIO !!!
@Jorge
Bettiol
Um comentário:
É MESMO BETTIOL OS ABUTRES NAO DAO FOLGA AO GREMIO PORQUE ESTES SECADORES TAO A FIM DAA CARNIÇA DO IMORTAL E NAO VAO TER !!
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