sexta-feira, 6 de setembro de 2013

BOLO E PÃES ... DUELO DE PADEIROS.


Manuel, irmão de Joaquim. Arma em punho para enfrentar Renato Portaluppi


 
A equipe não é treinada por Luís de Camões, mas a Portuguesa é metida a querer fazer de cada partida contra o Grêmio uma verdadeira epopeia. A exemplo dos encarniçados combates travados contra mouros e castelhanos na rica história da Pátria dos Vinhos Verdes, dos Pastéis de Belém e do Bacalhau a Gomes de Sá. Independente da época, do plantel, os lusos gostam de apresentar o brasão de armas da sua bandeira para testar a nossa imortalidade. Sendo, provavelmente, os arrastados e tensos momentos daquela final de 1996 a melhor representação de tal afirmativa. Na histórica ocasião, comandados por Felipão I e único (o homem que mais tarde, com reverência, seria coroado um dos soberanos da Península Ibérica), estufamos os cordéis - para faturar o título - restando cinco míseros minutos no tempo regulamentar. Numa dramaticidade tremenda. De tal envergadura a ponto de fazer, pelo trauma da derrota imposta nos derradeiros, certo goleiro paraense deixar de lado a possibilidade de uma séria (mesmo que tímida) trajetória pelo Sudeste de Pindorama. Preferindo, desatinadamente, seguir uma desastrada carreira de comediante pelos lados da  Padre Cacique. Mas, cumpre registrar, também nos fracassos há quem assimile as lições e passe a crescer. Foi o que ocorreu com um jovem (22 anos) e promissor talento desta lembrada equipe rubro-verde: não tardou em fazer as malas e rumar para Espanha. Mais tarde consagrando-se, por mais de uma década de temporadas, no aguerrido e hábil futebol germânico. Hoje, José Roberto da Silva Júnior está feliz da vida no Grêmio. Chegando firme e forte ao ápice da sua lustrosa e decidida marcha de sucessos.



Por falar no ídolo Zé Roberto ... O que dizer desta tentativa esdrúxula, sacana, de criar / propagar um clima de atrito entre o Interminável e Renato Portaluppi ? De que modo nominar uma manchete cretina com os seguintes dizeres: “Zé Roberto encosta Renato contra a parede”... Ou um texto midiático que cobra (tudo em função da opção de escalação diante do Goiás), venenosamente, “qual dos lados estaria dizendo a verdade”? Tudo por conta das declarações de recuperação física e possibilidade de jogo do camisa 10, feitas por Portaluppi e Zé logo ao final do jogo no Serra Dourada. Nada, aliás, merecedor de destacar qualquer espécie de tensionamento. Contudo, os “isentos” de sempre, os que emporcalham as redações (pois há sim, meno male, outros tantos que dignamente merecem ser chamados de jornalistas) gostam de serviço sujo. Não por acaso estão na vigília permanente, mirando com lupa e ranço as coisas do tricolor. Segurando numa mão um galão de gasolina, na outra uma caixa de fósforos. Buscando, depois de fazer o bolo com o fermento da maledicência, atear fogo na cozinha.



Zé Roberto é rodado, experiente, inteligente. Não caiu nesta arapuca e disse, muito antes das novas insinuações visando cizânia, que faria o mesmo que o técnico gremista em relação ao seu retorno. Deverá voltar na tarefa que Riveros cumpria, quem sabe ampliando atribuições. Não se preocupa em desempenhar a terceira função do meio-campo. Preocupa-se é com o grupo todo, em resgatar as vitórias e bem servir ao Grêmio. Alto nível, dentro e fora das quatro linhas. Bueno, agora é seguir para ARENA e apoiar o tricolor ! Partida quente, a exemplo de uma tradicional fornada de pães. E, do riscado, o padeiro de Bento Gonçalves entende, tanto quanto a turma do Canindé. Tem a receita e a prática. Portanto, noite para por a mão na massa, fazer o pão caseiro e ofertar alegria á torcida gremista. Pela retomada. Vamos !!!



@JorgeBettiol


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