*A expectativa supera
a imensidão da nova morada. Renato Portaluppi, uma vez mais, no comando do
tricolor e diante da sua valorosa e vibrante gente. É hoje. Domingo de todos os
caminhos serem trilhados (mesmo aqueles dos acessos que ainda geram murmúrios
queixosos) orgulhosamente com destino as bandas do Humaitá. Até a pé, por
certo, iremos. De bicicleta, busão, trem, na carona, no carro. Do jeito que for
e para o que der e vier. Embora no preço exorbitante das bilheterias e na
escassez de ingressos com valores mais acessíveis, não se tenha a mínima
colaboração para propiciar a uma ansiosa massa de torcedores efetivamente estar
com o Grêmio onde este amado Grêmio estiver. Igual, casa cheia e apoio
incondicional do início ao fim. A maior e melhor torcida destes pagos garante (se
também parte dela não for tolhida por revanchismos, generalizações e
rotulações) o espetáculo.
*Após apoteótica e
carinhosa acolhida, o pai da Carol e do Mundial tratou de trabalhar. Enfrentamento
no Paraná, Barcos finalmente singrando em nova maré e um suado ponto
acrescentado na tabela do mais importante campeonato disputado nestas terras de
Pindorama. No retorno, mais trabalho, correções, preparação e a promessa da
volta do espírito aguerrido que deve acompanhar toda e qualquer formação que
defenda e sustente estas três cores. O Grêmio é transpiração, superação,
chegada forte, pegada, ganas por vencer, busca incessante pelo resultado. Algo
impregnado na sua história, marcado no seu DNA e, portanto, transmitido
hereditariamente há orgulhosos 110 anos. Portaluppi, desde já, abre mão de “jogo
bonito” e prioriza a vitória, os três
pontos. Não faz demagogia, não enrola com “projeto”. Não haverá de se esconder
em estatísticas de posse de bola (da recuada a também jogada de uma lateral do
campo a outra extremidade, indefinidamente, para denotar “superioridade”) e na
conformidade (“futebol está muito igual’) diante de tropeços nos quais, mirando-se a
trincheira gremista, não se perceber engajamento e disposição de luta.
*O respeitável adversário
neste dia de estreia é o Botafogo de Futebol e Regatas. O tradicional clube
carioca (líder nesta largada) traz para um duelo particular com o nosso inesgotável
e competente Zé Roberto, outro fora de série: Clarence Seedorf. Em comum, além
das qualidades futebolísticas, dois cidadãos do mais alto gabarito. Exemplares,
dentro e fora de campo. Portanto, não teremos uma estrela solitária nesta tarde
de ARENA, mas sim várias, quase uma constelação. Que brilhe a de Renato
Portaluppi, a de Zé Roberto, a estrela da Nação Tricolor. Vamos GRÊMIO !!!
Em tempo: por falar em estrelas, resgato no post
anterior texto publicado no Ducker por
ocasião de um Grêmio x Botafogo. Neste 2013, aliás, 30 anos da morte de Garrincha e 30 anos da
inesquecível conquista gremista no Japão e do protagonismo do homem gol. Nada,
sabemos, apaga esta história ....
Jorge Bettiol
Um comentário:
Caro Jorge Bettiol,
Parabéns por tua iniciativa de estrear este Blog. Tua lucidez e este talento estavam fazendo falta !!
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