O Aimoré, no distante 1956, arrecadou tampinhas. Subiu aos céus e desceu para pegar as estradas de ônibus novo. Ao voltar ao Gauchão, está novamente nas nuvens... |
Chegou a hora. No anoitecer deste domingo de trégua dos castigos
climáticos do verão o primeiro quadro do velho e amado GRÊMIO entra em campo na
ARENA para, oficialmente, apresentar sua nova feição e comando técnico. Se na
escalação a maioria das figuras se repete, é na concepção de jogo, funções e na
anunciada distinta esquematização que surgem expectativas. Todas resumidas a uma
formatação que possa fazer frente aos desafios da temporada nos trazendo vitórias,
faixas e troféus. A camisa gloriosa do tricolor e o incondicional apoio da sua
fanática gente obrigam aos que representam o clube nas quatro linhas uma combativa postura.
Seja na disputa no âmbito da Província, seja na disputa de amplitude Continental:
nada menos se espera do que o compromisso com a nossa história e as ganas por
conquistas ! A retomada por taças nos campos meridionais cumpre registrar, teve
e terá a parceria da briosa categoria de base capitaneada pelo competente e
dedicado garimpador Marcelo Mabília. Gurizada que merece reconhecimento e
louvor por toda disposição e valentia. Já vitoriosos desde a primeira rodada, enfrentando
a estupidez e tremenda incompetência da FGF e seus coniventes patrocinadores.
Entidade tristemente dirigida por indivíduo parcial, danoso e tão artificial
quanto o gramado sintético da fabulosa Arena Multisom.E viva o “charmoso”
Gauchão ...
O adversário do GRÊMIO merece ser destacado. O E.C. Aimoré, após duas
décadas (e, neste período, parte também licenciado do futebol) está de volta
para satisfação dos leopoldenses e da gauchada.
Há poucos dias voltou a deixar tudo azul pelo Vale dos Sinos no esperado
confronto com os anilados de Novo Hamburgo. Estavam todos saudosos do Índio
Capilé, do estádio João Corrêa da Silveira, mais conhecido como o “Monumental
do Cristo Rei”. A São Leopoldo de tantas
indústrias, da Rua Independência com seu efervescente comércio. “Rua Grande”
também por tantas figuras emblemáticas que ao longo do tempo se encontraram por
seus cafés para comentar e discutir futebol, a dupla, o clube da cidade. A São
Leopoldo dos índios carijós, dos açorianos e berço dos alemães. A São Leopoldo
de tradição gaudéria. A São Leopoldo do médico, escritor e humanista Ramiro
Frota Barcelos, fundador do CTG Tio Lautério. A São Leopoldo que viu o Felipão
fardar e também viu o Carlos Froner dirigir o Aimoré. São Leopoldo e Aimoré. Proezas.
Vice-Campeão Gaúcho de 1959 (diante do GRÊMIO) e, três anos antes, soberano na
competição promovida pela Pepsi-Cola que premiaria o clube que arrecada-se no
RS ("a maior torcida") mais tampinhas do refrigerante. Deu Aimoré! E com
larga, enorme vantagem. Deixando na poeira do ônibus ofertado aos capilés (veículo que
posteriormente muito rodou...) os grandes da capital (na verdade só há um, mas
deixa assim...).
Que, evidentemente, ganhe o GRÊMIO! Mas, saudemos o valoroso Aimoré... Retornando ao convívio na aldeia.
@JorgeBettiol
3 comentários:
Lindo texto, querido gremista Bettiol!! Aqui escreve uma leopoldense e GREMISTONA DOENTE, AMO O IMORTAL TRICOLOR,VIVA O GRÊMIO E VIVA SÃO LÉO!!
Abraço Bettiol e parabéns pelos belos textos. Apenas um reparo ao post da Luciana Müller. Luciana, não existe GREMISTA DOENTE, já que ser GREMISTA é a maior prova de sanidade que existe. Abraço.
Jocelyn
Olá, Betiol.
Sou pesquisador do transporte e da história das encarroçadoras do RS e gostaria de saber se tu tens mais informações ou fotos desse ônibus que o Aimoré ganhou no concurso de 1956. Sei que foi fabricado pela Nicola, atual Marcopolo e há muitas noticias e publicidade nos jornais da época, mas nenhuma foto da entrega ou após ela.
Abraços
Régulo F Ferrari
reguloff@yahoo.com.br
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